O Estado de Santa Catarina ( SC ) encerra o primeiro trimestre de dois mil e dezenove com aumento de doze por cento nas exportações de carne suína e de frango. SC consolida sua presença internacional e amplia as vendas para os mercados mais competitivos. De janeiro a março de dois mil e dezenove, o agronegócio catarinense embarcou trezentos e vinte e cinco mil e novecentas toneladas de carnes, faturando mais de quinhentos e oitenta e oito milhões e novecentos mil dólares.
A alta nos embarques vale tanto para carne suína quanto para carne de frango no momento que SC responde por boa parte das exportações brasileiras destes produtos. “SC se tornou referência internacional pela qualidade. A excelência sanitária dos nossos rebanhos se traduz em carnes de alta qualidade, que oferecem segurança alimentar e atendem aos mercados mais exigentes do mundo. O primeiro trimestre deste ano de dois mil e dezenove foi muito favorável para as exportações catarinenses, estamos otimistas com o ano de dois mil e dezenove”, ressalta o Secretário de Estado da Agricultura e da Pesca de SC ( SAR ), Ricardo de Gouvêa.
Neste ano de dois mil e dezenove, SC exportou duzentas e quarenta e duas mil e oitocentas toneladas de carne de frango, dez vírgula seis por cento a mais do que no mesmo período de dois mil e dezoito. Em faturamento os valores passam de quatrocentos e trinta e um vírgula cinco milhões de dólares, um aumento de treze vírgula cinco por cento. Os principais mercados para carne de frango produzida em SC foram: Japão, China, Arábia Saudita, Holanda e Emirados Árabes – todos ampliaram as compras.
O status sanitário diferenciado de SC faz do Estado o maior exportador nacional de carne suína, com acesso exclusivo aos mercados mais competitivos. No primeiro trimestre, o SC embarcou oitenta e três vírgula dois mil toneladas do produto, gerando receitas de cento e cinquenta e sete vírgula quatro milhões de dólares. Os valores são, respectivamente, dezoito e nove por cento maiores do que no mesmo período do último ano de dois mil e dezoito. Os principais destinos para carne suína produzida em SC foram: China, Hong Kong, Chile, Argentina e Rússia.
China
A China é um dos maiores mercados para as carnes catarinenses, o maior importador do mundo e com um grande potencial de crescimento. Só neste ano de dois mil e dezenove, SC já exportou vinte e nove vírgula oito mil toneladas de carne suína e vinte e seis vírgula nove mil toneladas de carne de frango para o gigante asiático, gerando um retorno de cento e nove vírgula cinco milhões de dólares.
Hoje, a China já responde por trinta e seis por cento das exportações catarinenses de carne suína e por onze por cento dos embarques de carne de frango. A tendência é de que a parceria comercial se fortaleça ainda mais neste ano de dois mil e dezenove. “A suinocultura chinesa vem atravessando uma séria crise, decorrente da ocorrência de mais de uma centena de focos de peste suína africana. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos ( USDA ) estima uma queda de cinco por cento na produção chinesa de carne suína em dois mil e dezenove. Com isso, alguns analistas acreditam que o país pode dobrar o volume de carne suína importada”, explica o analista do Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola ( CEPA ) da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural do Estado de SC ( EPAGRI ), Alexandre Giehl.
Os problemas enfrentados pela China podem também ter impacto positivo sobre as exportações de outras carnes, como é o caso do frango, que é um substituto tradicional da carne suína.
Diferenciais do agronegócio catarinense
A sanidade agropecuária é o grande diferencial de SC. SC se mantém como única zona livre de febre aftosa sem vacinação do Brasil, além de zona livre de peste suína clássica, reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal ( OMSA ). É este status sanitário que garante o acesso aos mercados mais exigentes.
Com informações da SAR.
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