A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento ( CASAN ) e a Prefeitura Municipal de Florianópolis ( PMF ) entregaram, nesta quinta-feira, vinte e um de março de dois mil e dezenove, a Unidade de Recuperação Ambiental ( URA ) da Avenida Jornalista Rubens de Arruda Ramos ( conhecida como Avenida Beira-Mar Norte ) do município. A cerimônia foi realizada com a presença do governador do estado de Santa Catarina ( SC ), Carlos Moisés da Silva, da vice-governadora Daniela Cristina Reinehr e de uma plateia de aproximadamente quatrocentas pessoas.
A URA irá recuperar a balneabilidade de três vírgula seis quilômetros de praia ao longo da Avenida, absorvendo e tratando as ligações clandestinas de esgoto, transformando a poluição em efluente limpo e clarificado para ser lançado ao mar. A obra, realizada com aval do Governo do Estado entre quinze de março de dois mil e dezoito e oito de março de dois mil e dezenove, implantou três vírgula seis mil metros de rede em uma área de grande movimentação de pedestres, instalou quinze grandes estruturas de concreto e trinta e uma válvulas bloqueadoras e colocou em operação uma URA com capacidade para tratar até treze milhões de litros de água por dia.
Silva destacou que a obra alia tecnologia, boa vontade e bom emprego dos recursos públicos. “A URA é um exemplo clássico de uma obra que transcende o tratamento da água: somos um Estado eminentemente turístico, pois mais de treze por cento do produto interno bruto ( PIB ) de SC vem através do turismo. E esta é uma demonstração clara de que podemos atrair mais pessoas e para trazer mais divisas para SC”.
Em sua fala, por diversos momentos, Silva enfatizou o papel da CASAN como o agente de saneamento do Estado. “Conclamo aos municípios para estar com o Estado de SC em prol do saneamento básico do nosso Estado”, convidou Silva. “Concito a todos os prefeitos que olhem para a CASAN com um olhar de parceria. Mantenham seus vínculos conosco porque tenho certeza de que, com uma gestão técnica, a empresa crescerá e atenderá ainda melhor a todos os municípios de SC”.
A diretora-presidente da CASAN, engenheira Roberta Maas dos Anjos, observou que “a URA vem concretizar um novo momento da CASAN e do Estado”, no qual a empresa está investindo em projetos ousados e inovadores. “Ao colocar em operação o projeto de Balneabilidade da Avenida neste dia, véspera do Dia Mundial da Água ( DMA ), a CASAN não está apenas inaugurando uma obra. Aos quarenta e sete anos de vida, a Companhia está celebrando uma nova forma de se relacionar com a sociedade”.
Roberta também destacou a seriedade com que foram tratados os recursos públicos. Orçada inicialmente em vinte e quatro milhões de reais, a obra da Avenida teve seu custo reduzido no processo licitatório para dezoito milhões de reais, um valor muito abaixo do um bilhão reais que, no passado, foi estimado para despoluir as Baías Sul e Norte.
“Sabemos que muitos estão mais interessados em saber quando será a data do banho de mar, mas peço licença para dizer que a CASAN e o Governo do Estado estão também preocupados em recuperar a verdadeira essência do serviço público: atender o público e a sociedade de maneira mais inovadora, ágil, respeitosa e transparente”.
Antes de encerrar, a diretora–presidente da empresa lembrou que neste dia vinte e dois de março de dois mil e dezenove, é o DMA. “Fica aqui o registro de que, antes de grandes obras, precisamos pensar na nossa conscientização, nas nossas ações e pegadas com o meio ambiente, como o cuidado com a nossa água e com o Planeta”.
O prefeito do município de Florianópolis, Capital do Estado, Gean Loureiro destacou a parceria permanente entre PMF e a CASAN e chamou a atenção para o conjunto de obras de saneamento que está sendo investido em Florianópolis, na ordem de quatrocentos milhões de reais. “Houve um atraso no passado, mas com a conclusão de novas estruturas de tratamento de esgoto no Norte da Ilha, no bairro Itacorubi e em no bairro Capoeiras chegaremos a mais de setenta por cento de cobertura até o ano de dois mil e vinte”, revelou. “Queremos agora trabalhar em conjunto, PMF e CASAN, para atingir a meta de cem por cento de cobertura para o tratamento do esgotamento sanitário de Florianópolis”.
O sistema de despoluição da Beira-Mar Norte, teve um novo revés na semana entre dezessete a vinte e três de novembro de dois mil e dezenove. O teste de balneabilidade do Instituto do Meio Ambiente ( IMA ) apontou para quatro mil oitocentos e oitenta e quatro coliformes fecais, sendo o que o índice máximo é de oitocentos. Foi o terceiro resultado negativo consecutivo. Nas semanas anteriores as medições apontaram para três mil seiscentos e cinquenta e quatro e três mil oitocentos e setenta e três. Com isso, o ponto continua impróprio e mais distante de ser balneável.
Diante do resultado daquela semana, a CASAN, que contratou a instalação do sistema de despoluição, notificou a Fast, empresa responsável, atrás de explicações. O questionamento oficial ocorreu na sexta-feira ( vinte e dois de novembro de dois mil e dezenove ) . A Fast tem cinco dias úteis para responder. Ao jornal Diário Catarinense, a empresa confirmou a notificação e disse que enviará a resposta dentro do prazo, mas não quis adiantar as justificativas por questões contratuais.
Para a CASAN, os dois primeiros resultados negativos da série de três semanas podem ser explicados pela chuva do período. Na medição do último, porém, o tempo era seco. Por isso a companhia acredita que ainda não há uma explicação. Segundo a CASAN, estão sendo feitos ajustes no sistema como o reforço nas bombas de sete das quinze estações elevatórias, aumento da capacidade de bombeamento com crescimento da potência elétrica e automatização da operação. As grades de retenção de lixo serão reforçadas, assim como outros ajustes técnicos.
A prefeitura de Florianópolis diz que pediu melhorias à Companhia. O prazo para estas medidas é a primeira quinzena de dezembro de dois mil e dezenove. A expectativa é que estas medidas devem estabilizar o sistema. A partir da semana entre vinte e quatro e trinta de novembro de dois mil e dezenove, o programa Se Liga na Rede, que fiscaliza ligações irregulares, estará focado nos imóveis da Beira-Mar Norte.
O grande problema do sistema de despoluição da Beira-Mar Norte é a variação. Desde a instalação do sistema, em março de dois mil e dezenove, foram trinta e cinco medições de balneabilidade do IMA. Destas, em vinte e duas os índices deram acima do limite de oitocentos coliformes fecais. E é justamente esta variação que deixa a população incrédula na mudança da qualidade da água, historicamente poluída naquele ponto da Capital.
Além disso, CASAN e Prefeitura precisam justificar o investimento feito. O contrato prevê dezoito milhões reais para a implantação do sistema. A promessa das autoridades era de que ainda na metade de dois mil e dezenove a água estaria própria para banho, o que ocorreu por curto período. Na porta do verão, cravar que a Beira-Mar Norte estará balneável pode se tornar mais uma promessa não cumprida.
Com informações da CASAN e do jornal Diário Catarinense.
Outras informações adicionais para a imprensa podem ser obtidas com Ricardo Stefanelli na Assessoria de Comunicação ( ASCOM ) da Presidência da CASAN pelo e-mail rstefanelli@casan.com.br ; pelos telefones números ( 48 ) 3221-5034 e 9 9136-9345 e pelo site www.casan.com.br .
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