Em alusão ao Dia Mundial de Luta ( DML ) contra a Tuberculose ( TB ), vinte e quatro de março de dois mil e dezenove, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica ( DIVE ) da Superintendência de Vigilância em Saúde ( SUV ) da Secretaria de Estado da Saúde ( SES ) de Santa Catarina ( SC ), alerta sobre a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado para a cura da TB.
A Organização Mundial da Saúde ( OMS ) estima que existam no mundo oito vírgula sete milhões de casos novos de TB e um vírgula quatro milhão de mortes por ano. No Brasil, a cada ano são notificados aproximadamente setenta mil casos novos e ocorrem cerca de quatro vírgula cinco mil mortes em decorrência da TB, conforme dados do Ministério da Saúde ( MS ).
Em SC, em dois mil e dezessete foram notificados mil oitocentos e cinquenta e seis casos novos de TB, o que representou uma incidência de vinte seis vírgula sete diagnósticos por cem mil habitantes. Do total de casos notificados setenta e um por cento das pessoas receberam alta por cura e nove por cento abandonaram o tratamento. “A TB é uma doença de contágio aéreo. A transmissão pode acontecer de várias formas: através de fala, espirro e tosse da pessoa infectada”, explica Luiz Escada, médico infectologista da DIVE.
O tratamento é oferecido gratuitamente pela rede pública de saúde e tem duração de, no mínimo, seis meses, sendo necessário tomar diariamente o medicamento. “É comum que, após as primeiras semanas de tratamento, o paciente observe melhora total dos sinais e sintomas. No entanto, não quer dizer que ele está curado”, alerta Maria Teresa Agostini, diretora da DIVE.
Populações vulneráveis
Pessoas em situação de rua, com HIV / AIDS, privadas de liberdade e indígenas estão entre as populações com maior vulnerabilidade à doença e são o principal desafio para as equipes de saúde.
A população em situação de rua tem quarenta e quatro vezes mais chance de adoecer por TB do que pacientes em geral, o que mostra que fatores sociais como as más condições de vida, moradia precária, desnutrição e dificuldade de acesso aos serviços públicos de saúde têm uma influência profunda no diagnóstico e prognóstico da TB.
Outro importante alerta é para a coinfecção tuberculose – HIV / AIDS, já que os pacientes com HIV / AIDS, em relação à população em geral, têm vinte e oito vezes mais chances de se infectar pelo bacilo da TB, segundo a OMS. Em SC, o percentual da coinfecção TB / HIV / AIDS foi de dezesseis por cento em dois mil e dezessete.
Sobre a TB
A TB é uma doença infecciosa e transmissível causada por uma bactéria ( Mycobacterium tuberculosae ) que afeta principalmente os pulmões, mas também pode ocorrer em outros órgãos do corpo, como ossos, rins e meninges ( membranas que envolvem o cérebro ). A transmissão é aérea. Ela não é transmitida pelo compartilhamento de roupas, lençóis, copos e outros objetos.
Ao falar, espirrar e principalmente ao tossir, as pessoas com TB ativa lançam partículas no ar. O contato direto com o paciente em ambiente fechado, com pouca ventilação e ausência de luz solar, representa maior chance de outra pessoa ser infectada. Para se prevenir contra a TB é importante vacinar as crianças menores de quatro anos de idade com a vacina BCG, tratar pessoas infectadas com maior risco de adoecer e efetuar medidas de controle de infecção.
Em adolescentes e adultos jovens, o principal sintoma é a tosse ( por três semanas ou mais ), associada ou não à febre ( especialmente à tarde ), suor intenso à noite, falta de apetite e emagrecimento. Em crianças menores de dez anos de idade, a febre moderada e persistente é a principal manifestação clínica. Também são comuns sintomas de irritabilidade, tosse, falta de apetite, perda de peso e suor intenso à noite. Na presença dos sinais e sintomas acima descritos, é importante procurar um serviço de saúde para avaliação.
Saiba mais sobre a TB pelo site www.dive.sc.gov.br/tuberculose.
Com informações da DIVE.
Outras informações adicionais para a imprensa podem ser obtidas com Amanda Mariano , Bruna Matos e Patrícia Pozzo na Assessoria de Imprensa da DIVE de SC pelo e-mail divecomunicacao@saude.sc.gov.br , sites www.dive.sc.gov.br , Instagram: @divesantacatarina , Facebook: Dive Santa Catarina e telefones números ( 48 ) 3664-7406 , ( 48 ) 3664-7402 e ( 48 ) 3664-7385 .
Nenhum comentário:
Postar um comentário