quarta-feira, 19 de julho de 2023

Agressão ao STF: suspeito de agressão mantém negócios em SC e SP

O empresário Roberto Mantovani Filho, suspeito de agredir o filho do ministro do Supremo Tribunal Federal ( STF ), Alexandre de Moraes em Roma ( Capital da Itália ), mantém negócios no Estado de Santa Catarina ( SC ). A empresa nega. Embora a maioria de suas empresas esteja no Estado de São Paulo ( SC ), onde mora, desde Dois mil e dezenove ele é sócio de uma empresa de Blumenau ( na Região do Alto Vale do Rio Itajaí ) que vende bombas pneumáticas e acessórios para a indústria. A empresa nega.


Roberto Mantovani Filho no aeroporto em Roma ( Reprodução )

A família também possui um estande de tiros no município de em Camboriú ( no litoral do Estado ), conforme apuração do jornalista Vinícius Segalla, confirmada pela coluna da jornalista Dagmara Spautz, do jornal Diário Catarinese ( DC ). O proprietário da empresa é o filho do empresário, Roberto Mantovani Neto, que abriu o centro de treinamento em Dois mil e vinte e um na localidade do Braço, no interior da cidade.

Roberto Mantovani Filho e a mulher, Andrea Mantovani, devem depor ao Departamento da Polícia Federal ( DPF ) na terça-feira ( Dezoito de julho de Dois mil e vinte e três ). O genro deles, Alex Zanatta Bigotto, já foi ouvido em Piracicabaa ( interior do Estado de SP ). Os três foram interceptados pelo DPF quando desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos ( SP ) no fim de semana.

As ofensas a Moraes ocorreram no aeroporto Fiumicino, em Roma, na última sexta-feira ( Quatorze de julho de Dois mil e vinte e três ). Acompanhado da família, o ministro voltava de uma palestra na Universidade de Siena. Moraes teria sido alvo de vociferações em tom de xingamento de “bandido, comunista e comprado”. Roberto Mantovani teria agredido fisicamente o filho de Moraes, que saiu em defesa do pai.

Em nota, os Mantovani afirmam que houve uma "confusão interpretativa", e pedem desculpas a Moraes.

A Netzsch do Brasil, que tem sede em Pomerode ( SC ), negou que o empresário Roberto Mantovani Filho, suspeito de agredir o filho de Moraes na semana passada, já tenha sido funcionário da empresa. A companhia divulgou nota nas redes sociais reiterando que Mantovani não representa a companhia.

A confusão ocorreu porque Mantovani mantinha um perfil no LinkedIn – a conta já não estava mais no ar nesta segunda-feira ( Dezessete de julho de Dois mil e vinte e três ) – em que dizia ter vínculo com Netzsch do Brasil, subsidiária brasileira da Netzsch, multinacional alemã que fabrica bombas de uso industrial.

Na postagem, a Netzsch do Brasil esclarece que Mantovani era acionista e diretor administrativo da Helifab, uma distribuidora da empresa que foi comprada em Dois mil e vinte e dois. A companhia sustenta que o empresário saiu na época da aquisição e que não representa mais o grupo.

“O Grupo Netzsch claramente não se alinha com as atitudes do Sr. Roberto Mantovani e condenamos veementemente suas ações e comportamento”, diz a nota da companhia ( veja abaixo ).

A Netzsch escreve ainda que, como empresa multinacional presente em dezenas de países, espera relacionamentos e atitudes respeitosos de todos os funcionários, fornecedores e equipes e que violência e agressão, além de nunca serem justificáveis, não representam a postura do grupo.

“Atualmente, estamos verificando se ainda existem relações comerciais ativas entre o Sr. Mantovani e a Netzsch e acompanharemos atentamente as investigações das autoridades”, complementa a companhia.

Contudo, o empresário mantém negócios em SC, como apurou Dagmara. Desde Dois mil e dezenove ele é sócio de uma empresa de Blumenau que vende bombas pneumáticas e acessórios para a indústria.

O que diz a Netzsch do Brasil

O Grupo NETZSCH claramente não se alinha com as atitudes do Sr. Roberto Mantovani e condenamos veementemente suas ações e comportamento. Também queremos deixar claro que o Sr. Mantovani nunca foi funcionário do Grupo NETZSCH. O Sr. Mantovani era acionista e diretor administrativo da empresa HELIFAB. A empresa HELIFAB distribuía produtos NETZSCH em uma região do Brasil. Em Dois mil e vinte e dois, adquirimos a empresa HELIFAB. O Sr. Mantovani saiu na época da aquisição. Portanto, o Sr. Mantovani não representa mais a NETZSCH.

Como uma empresa multinacional presente em dezenas de países, esperamos relacionamentos e atitudes respeitosos de todos os nossos funcionários, fornecedores e suas equipes a qualquer momento. A violência e a agressão nunca são justificáveis e nunca correspondem a manifestações políticas, sociais ou de qualquer tipo, e de forma alguma representam a postura e opiniões do Grupo NETZSCH, sua administração e seus funcionários.

Levamos nosso Código de Conduta a sério, mas não verificamos ativamente as opiniões políticas de todos os nossos funcionários e parceiros de negócios, desde que não haja fatos suspeitos relatados para nós. Atualmente, estamos verificando se ainda existem relações comerciais ativas entre o Sr. Mantovani e a NETZSCH e acompanharemos atentamente as investigações das autoridades. Entendemos que também é importante obter um esclarecimento oficial dos fatos. Desejamos à família Moraes tudo de melhor e esperamos que esse tipo de incidente nunca se repita.

Com informações de:


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