Metade do ano de Dois mil e vinte e três ficou para trás e o governador do Estadoi de Santa Catarina ( SC ), Jorginho dos Santos Mello ( do Partido Liberal - PL ), ainda não fez uma visita regular ao município de Blumenau ( na região do Alto Vale do rio Itajaí ). Desde que assumiu o Estado, ele veio à cidade uma única vez, no trágico Cinco de abril, quando um homem matou quatro crianças na creche Cantinho Bom Pastor ( CBP ). Nos bastidores da política e das entidades empresariais, lideranças tentam entender as razões do “gelo” governamental. Após a publicação do jornal Diário Catarinense ( DC ), Mello confirmou para o fim do mês de julho a primeira visa a Blumenau.
Nos primeiros seis meses de mandato, Mello deixou de comparecer à posse da presidente da Associação Empresarial de Blumenau ( ACIB ), Christiane Buerger. Naquele Vinte e nove de maio de Dois mil e vinte e três, ele cumpriu agenda em Brusque ( na região da Foz do Rio Itajaí ). Na semana passada, mandou a vice-governadora Marilisa Boehm ( PL ) representá-lo na visita do ministro Renan Filho ( do Movimento Democrático Brasileiro - MDB ) às obras da rodovia federal n=úmero Quatrocentos e setenta ( BR - 470 ) e na noite de lançamento da Oktoberfest. O mais perto que chegou de uma visita à região foi ainda em janeiro, numa passada rápida pela Festa Pomerana, em Pomerode.
Na Associação de Municípios do Vale Europeu ( AMVE ) a ausência de Mello é mais sentida. Mello tem feito um roteiro pelo Estado, tratando principalmente de obras paralisadas após a mudança de gestão, em janeiro de Dois mil e vinte e três. Já visitou Dez regiões, entre elas as de Criciúma ( sul do Estado ), Videira ( região do vale do rio do Peixe ), Itajaí ( região da foz do Rio Itajaí ), São Joaquim ( na região serrana ) e Xanxerê ( na região Oeste do estado ). Blumenau ficou para o fim da fila. Ainda não há previsão de data para o encontro.
Mesmo no tema sensível do ataque à creche, os anúncios posteriores de medidas para gerar sensação de segurança ocorreram longe da cidade mais interessada.
As razões do gelo
Nos bastidores, há duas interpretações. A primeira relaciona o gelo governamental com as Eleições de Dois mil e vinte e dois, quando o prefeito Mário Hildebrand ( do partido Podemos ) liderou um apoio regional maciço ao ex-governador Carlos Moisés da Silva ( do partido Republicanos ). Somente no segundo turno contra Décio Lima ( do Partido dos Trabalhadores - PT ) Mello teve endosso explícito dos líderes municipais do Vale Europeu.
A segunda leitura associa a ausência de Mello às eleições municipais de Dois mil e vinte e quatro. A indicação de João Paulo Kleinübing ( do partido União ) ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul ( BRDE ) sinalizou a possibilidade de que o ex-prefeito concorra a mais um mandato em Blumenau com apoio de Mello. O movimento ocorre à revelia de Hildebrandt, que hoje defende o nome da vice, Maria Regina de Souza Soar ( do Partido da Social Democracia Brasileira - PSDB ).
Mello começa o mandato tão distante de Blumenau quanto o antecessor, Silva. Tanto tempo de ausência e de paralisia das obras estaduais ( algumas que nada têm a ver com o Plano Mil ) corre o risco de ser compreendido como sinal de desprezo.
Com informações de:
Nenhum comentário:
Postar um comentário