Investigados no Estado de Santa Catarina ( SC ) de integrarem grupos neonazistas foram alvo de busca e apreensão em uma operação interestadual deflagrada pela Polícia Civil do Estado de SC ( PCSC ) nesta terça-feira ( Onze de julho de Dois mil e vinte e três ). No Estado de SC, foram cumpridos mandados em Florianópolis ( Capital do Estado de SC ), Blumenau ( na Região do Alto Vale do Rio Itajaí ), Joinville ( maior cidade do Estado de SC ) e Curitibanos ( interior do Estado de SC ).
Foram cumpridos Quinze mandados de busca e apreensão ao todo, o que se estendeu a mais seis cidades divididas entre outros três Estados: São Paulo ( Praia Grande ), Paraná ( Curitiba, Maringá e Marialva ) e Rio Grande do Sul ( Nova Petrópolis e Passo Fundo ).
Foi recolhida com a operação uma grande quantidade de artigos de cunho nazista e extremista, quatro armas de fogo, munições, celulares e computadores. Além disso, dois suspeitos foram presos em flagrante, ambos fora do Estado de SC.
Suspeita atira contra policiais
Na cidade gaúcha de Nova Petrópolis, uma mulher foi presa por resistência ao disparar com uma arma de fogo contra os policiais que cumpriam a ação. Na residência dela, foram apreendidas duas armas, munições e objetos de cunho nazista.
A outra prisão ocorreu em Maringá, onde um dos investigados foi flagrado com posse irregular de uma espingarda calibre Doze GA. No local, também foram apreendidas munições, mais material nazista e dispositivos eletrônicos.
Em Passo Fundo, a Polícia Civil do Estado do RS ( PCRS ) descobriu uma estamparia que produzia camisetas com símbolos nazistas e supremacistas. O material também foi apreendido.
Desdobramento de prisões em São Pedro de Alcântara
A operação é um desdobramento de uma ação da Polícia Civil do Estado de SC ( PCSC ) que, em outubro de Dois mil e vinte e dois, prendeu oito pessoas em um encontro de neonazistas em São Pedro de Alcântara, na Região Metropolitana de Florianópolis.
Em março de Dois mil e vinte e três, mais duas pessoas haviam sido presas no Estado do RS. Em abril deste ano de Dois mil e vinte e três, todo o grupo teve concedida pela Justiça a soltura mediante uso de tornozeleira eletrônica.
A operação que deu início a toda a investigação, chamada de Gun Project, apurava a fabricação de arma de fogo com a utilização de impressora do Tipo Três Dimensões por uma célula neonazista catarinense.
A partir disso, descobriu-se que, em encontros presenciais, os investigados produziam propaganda neonazista e realizavam rituais de culto à doutrina hitlerista, em que se autointitulavam “a nova SS do Estado de Santa Catarina”. Com a prisão do grupo, foram identificadas agora células conexas.
A operação mais recente foi deflagrada pela Delegacia de Repressão ao Racismo e a Delitos de Intolerância ( DRRCI ), da Diretoria Estadual de Investigações Criminais ( DEIC ).
Ela contou com o apoio de Sessenta e sete policiais de diversas unidades da PCSC espalhadas por quatro Estados: delegacias da DEIC, Delegacia de Combate às Drogas ( DECORD ) da Capital, CPP de Blumenau, DIC de Curitibanos, Delegacia de Polícia de Garuva, DIC de Joinville, DH de Joinville, DPCAMI de Joinville, Terceira DP de Joinville, DP de Nova Petrópolis ( PCRS ), Delegacia de Polícia de Maringá ( PCPR ), Grupo Fera do DENARC de Curitiba ( PCPR ), DRACO de Passo Fundo ( PCRS ) e DIG de Praia Grande ( PCSP ).
Com informações de:
Paulo Batistella ( paulo.batistella@nsc.com.br ) ;
Clarissa Battistella ( clarissa.battistella@somosnsc.com.br ) e
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