terça-feira, 18 de abril de 2023

Massacre dos primogênitos: Assassino de creche em SC revelou a amigo o que faria duas semanas antes

O assassino que matou quatro crianças na creche Cantinho Bom Pastor ( CBP ), em Blumenau ( na Região do Alto Vale do Rio Itajaí, no Estado de Santa Catarina - SC ), revelou a um amigo que cometeria um crime duas semana antes do ataque. A informação foi confirmada pela Polícia Civil do Estado de SC ( PCSC ) em uma coletiva de imprensa na tarde desta segunda-feira ( Dezessete de abril de Vinte e três). De acordo com o Delegado de Polícia ( DP ) Ronnie Esteves, ele disse a essa pessoa próxima que faria “algo grande” e falou sobre a machadinha e o canivete — armas que estavam com ele no dia da chacina.



Assassino de creche CBP minutos depois do crime. ( Foto : Polícia Civil, Reprodução )

Apesar disso, ainda conforme os investigadores, o ataque ao CBP não foi planejado. Antes, o autor teria ido a uma região próxima a onde mora e ficado perto de duas unidades de ensino — uma creche particular e outra da Prefeitura Municipal de Blumenau ( PMB ). Como ambas tinham “muros muito altos”, ele deixou o local às Oito horas e trina e nove minutos. De lá, o assassino foi a uma academia, treinou, pagou a mensalidade e se dirigiu à Rua dos Caçadores onde cometeria o crime brutal

— Ele olha por cima do muro e daí volta para a moto, onde pega a machadinha e um canivete no baú, pula por cima do muro, de Um metro e sessenta e cinco centímetros de altura e, Vinte segundos depois, sai pelo mesmo lugar — conta o DP Rodrigo Raitez. Nesse curto intervalo de tempo, ele matou quatro crianças e feriu outras cinco.

As investigações apontaram ainda que não houve envolvimento de uma segunda pessoa no crime e qualquer ligação com jogos virtuais foi completamente descartada — horas após os assassinatos, vale lembrar, vídeos começaram a circular nas redes sociais vinculando o crime a um “desafio”. Isso não se confirmou, explica a Polícia.

— Desde o dia Cinco de abril de Dois mil e vinte e três estamos enfrentando uma enxurrada de fake news. Essas notícias falsas divulgadas e espalhadas pelas redes sociais têm causado pânico na população. E isso nos preocupa, porque poderíamos investigar crimes, mas temos de desmentir a desinformação. Pedimos à população que não divulgue notícias falsas, que busque nos sites do governo, das polícias, e nos veículos de imprensa sólidos e reconhecidos, as informações verdadeiras — afirma o Delegado-Geral ( DG ) de Polícia Civil do Estado de SC ( PCSC ), Ulisses Gabriel.

— Divulgar fake news é abjeto, é nojento, estraga todo o trabalho de investigação e gera perda de tempo — completa.

Errata: a revelação do crime ao amigo foi dada duas semanas antes do crime, e não uma. A matéria foi corrigida às 17h19min.

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Com informações de:

Augusto Ittner ( augusto.ittner@nsc.com.br ) . 

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