Mesmo com a prisão do único suspeito de matar quatro crianças em uma creche de Blumenau ( no Alto Vale do Rio Itajaí ), no Estado de Santa Catarina ( SC ) e ferir outras quatro nesta quarta-feira ( Cinco de abril de Dois mil e vinte e três ), algumas perguntas sobre o caso ainda estão sem respostas. O crime bárbaro que comoveu o país e ganhou repercussão internacional é investigado pela Polícia Civil do Estado de SC ( PCSC ), que pretende apontar a motivação e outros detalhes do crime.
O ataque à creche
Na manhã de quarta-feira ( Cinco de abril de Dois mil e vinte e três ), enquanto crianças brincavam no parque do Centro de Educação Infantil Cantinho Bom Pastor, na Rua dos Caçadores, um homem de Vinte e cinco anos de idade pulou o muro e atacou os pequenos com uma machadinha. Dos oito atingidos, quatro morreram: Bernardo Cunha Machado, de Cinco anos de idade, Bernardo Pabst da Cunha, de Quatro anos de idade, Larissa Maia Roldo, de Sete anos de idade e Enzo Marchesin Barbosa, de Quatro anos de idade. Uma menina se machucou na correria, mas passa bem.
Arma do crime
Além da machadinha, a polícia encontrou no local do crime um canivete. O material foi apreendido para perícia. As crianças foram atingidas na região da cabeça e pescoço.
O que acontecerá com o suspeito?
Depois do crime, o homem, que havia chegado em uma motocicleta, foi até o Batalhão da Polícia Militar do Estado de SC ( PMSC ) e se entregou sem explicar muita coisa. Ele foi preso em flagrante. A audiência de custódia para definir se ele será preso preventivamente ou não deve ocorrer na tarde desta quinta-feira ( Seis de abril de Dois mil e vinte e três ).
O suspeito já tinha pelo menos outras quatro passagens por agressão, tentativa de homicídio e uso de drogas.
Jogo motivou o ataque?
Ainda não está claro para os investigadores o que motivou o ataque. Na casa em que o homem vivia com a mãe, no bairro Itoupava Central, sequer havia televisão. O celular dele foi apreendido para análise pericial. Por ora, não há indícios de que o crime tenha sido motivado por um jogo ou desafio de internet.
A averiguação dessas provas nos dispositivos eletrônicos do assassino deve deve ajudar a PCSC a identificar o que levou o homem a matar as crianças.
Qual a ligação dele com o CEI?
Nenhuma. Por enquanto não há nada que indique que ele tenha qualquer relação com a unidade de ensino. Nascido no Estado do Paraná ( PR ), o homem mora em SC há quase Quinze anos.
O ataque teve participação de outras pessoas?
A PCSC acredita que o homem tenha agido sozinho, mas não descarta outras participações. A investigação deve confirmar, mas ao que tudo indica o autor não teve ajuda.
— Tudo indica que é um fato isolado. Não tem relação com outras práticas criminosas e não é um fato coordenado, seja por jogo, seja por rede social, seja através de conversas e negociações entre criminosos — disse o Delegado-Geral ( DG ) da PCSC, Ulisses Gabriel, em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira ( Cinco de abril de Dois mil e vinte e três ).
O que o suspeito disse em depoimento?
Nada. No interrogatório feito pela PCSC, ele permaneceu em silêncio.
Ele estava em surto psicótico?
A PCSC afirmou que ele teve um surto paranoico e que "criou história na cabeça".
Qual crime ele responderá?
A quatro homicídios triplamente qualificados e a quatro tentativas de assassinato com as mesmas qualificadoras.
O último adeus
Os velórios das crianças começaram na noite desta quarta-feira ( Cinco de abril de Dois mil e vinte e três ) e se estendem nesta quinta-feira ( Seis de abril de Dois mil e vinte e três ). Exceto Enzo, que estava sendo velado no Cemitério Salto do Norte, os demais foram sepultados no Cemitério São José, no Centro.
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