quarta-feira, 8 de março de 2023

Dia internacional da Mulher: governos Lula e de SC divulgam quantitativo de mulheres nas posições de liderança em seus governos. Meta da ONU é 50% até 2030

Um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável ( ODS ) da Organização das Nações Unidas ( ONU ), dentro da agenda Dois mil e trinta é a adoção do equilíbrio de gênero até em Dois mil e trinta. Isso significa Cinquenta por cento de mulheres e Cinquenta por cento de homens em cargos de liderança, tanto em empresas privadas, quanto no setor público. Essa recomendação, de alguma forma, foi incluída em Dois mil e vinte e dois por alguns candidatos em seus programas de governo, entre os quais, Luiz Inácio Lula da Silva ( do Partido dos Trabalhadores - PT ), para a presidência da República ( PR ), e Jorginho Mello, para o governo do Estado de Santa Catarina ( SC ).


Mello e a vice-governadora Marilisa Boehm no dia da posse Foto : Eduardo Valente, Secom


Levantamentos internacionais apontam que o equilíbrio de gênero e maior diversidade em cargos de liderança de empresas e no setor público resultam em melhores gestões, tanto em qualidade de serviços, quanto em resultados financeiros. Parte de grandes empresas com foco em sustentabilidade e governos já aderiram a esse objetivo da ONU. O Dia Internacional da Mulher é uma data para lembrar que isso faz diferença para as pessoas.

O presidente Lula ( PT ), na campanha para o segundo turno, quando recebeu o apoio da senadora Simone Tebet ( do Movimento Democrático Brasileiro - MDB ), incluiu no programa o plano de ter Cinquenta por cento de mulheres no ministério. Agora com o governo praticamente definido, ele conta com Trinta e sete pastas, das quais Onze são ocupadas por mulheres.  

Se for considerado também o cargo de Lula no Poder Executivo Federal ( PEF ), a média de mulheres fica em Vinte e nove por cento, quase Trinta por cento, que é o que a ONU recomenda até Dois mil e vinte e cinco. Embora ainda não seja Cinquenta por cento, esse percentual consiste em avanço importante pelas escolhas de pessoas competentes e pela diversidade, incluindo mais mulheres também em outros cargos do governo, como a presidência de estatais.

A expectativa é de que ele consiga avançar ainda mais, aproveitando brechas das trocas frequentes que acontecem no PEF do setor público, sob influência política.


As ministras de Lula estão nas pastas de Ciência e Tecnologia ( MCT ), Luciana Santos; Esportes ( ME ), Ana Moser ( de SC ); Planejamento ( MP ), Simone Tebet; Meio Ambiente ( MMA ), Marina Silva; Cultura ( MinC ), Margareth Menezes;  Igualdade Racial ( MPIR ), Anielle Franco; Mulher ( MM ), Cida Gonçalves; Saúde ( MS ), Nísia Trindade; Povos Indígenas ( MPI ), Sonia Guajajara; Gestão e Serviços Públicos ( MGSP ), Esther Dweck; e Turismo ( MT ), Daniela do Waguinho.


Em SC, equidade em cargos comissionados

Mello incluiu no plano de governo buscar equilíbrio de gênero para os cargos em comissão ( CC ), isto é, os que teria condições de escolher. Ele ainda não terminou de nomear o secretariado, que tem Vinte e duas pastas e, também, não definiu titulares para todos os demais cargos de liderança.

Por enquanto, conta com mulheres em Quatro secretárias e a vice-governadora Marilisa Boehm. As titulares de secretarias estão nas pastas de Assistência Social Mulher e Família ( SAS ), Alice Kuerten; Articulação Nacional ( SAN ), Vânia Franco; Saúde ( SES ), Carmen Zanotto e Secretaria-Geral de Governo ( SGG ), Danieli Pinheiro Porporatti. Isso significa Vinte e um por cento de liderança feminina no primeiro escalão.

Além desses cargos, mulheres ocupam uma série de outras funções de liderança no governo, o que mostra a preocupação em buscar equidade de gênero. Sobre a participação feminina na gestão, Mello disse que as escolhas foram com base em competência técnica e que o time que escalou é um dos melhores do Brasil.


O novo governo catarinense conta, também, com quatro secretárias adjuntas, diretora-geral na Polícia Científica, presidentes do Instituto do Meio Ambiente ( IMA ) e da Fundação Catarinense de Educação Especial ( FCEE ), na diretoria de Imprensa e uma major no comando de um batalhão da Polícia Militar do Estado de SC ( PMSC )  em Florianópolis ( Capital do Estado de SC ).

Atualmente, mais da metade dos servidores ativos do governo de SC são mulheres. Mais de Trinta e cinco mil servidoras atuam em pastas como educação ( SED ), SES, segurança pública ( SSP ) e outras. A pasta SED conta com Setenta e seis por cento da equipe integrada por mulheres, e a da SES, Setenta e dois por cento A FCEE lidera com Noventa e dois por cento de servidoras.

Na Controladoria Geral do Estado ( CGE ), as mulheres são maioria, compõem Cinquenta e seis por cento da equipe e dominam o topo do organograma. Além da controladora-adjunta, três das quatro diretorias são ocupadas por mulheres. Outro detalhe é que dos Vinte e quatro cargos de liderança, Doze são ocupados por elas na CGE. Nas seis posições mais importantes da hierarquia, o controlador e o diretor são homens e os demais cargos são ocupados por mulheres.

Quando concluir as nomeações, o que Mello prometeu para breve, o Estado terá condições de ver o percentual exato mulheres em cargos de gestão. Algumas comparações poderão ser feitas com o governo anterior, de Carlos Moisés da Silva ( do partido Republicanos ), que encerrou em Dois mil e vinte e dois tendo apenas homens nas secretarias estaduais.


 Com informações de:



Estela Benetti ( estela.benetti@nsc.com.br ) .

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