quarta-feira, 25 de janeiro de 2023

Finanças públicas: governador Mello de SC anuncia déficit de R$ 2,8 bi para pagar em 2023. Estado faturou R$ 1,09 tri em 23

Diagnóstico das contas do governo do Estado de Santa Catarina ( SC ) apresentado nesta terça-feira ( Vinte e quatro de janeiro de Dois mil e vinte e três ) pelo governador do Estado de SC Jorginho Mello ( do Partido Liberal - PL ) e o secretário de Estado da Fazenda ( SEF ), Cleverson Siewert, chama a atenção pela profundidade e ineditismo. Vai do faturamento de Um trilhão e noventa bilhões de reais da economia do Estado em Dois mil e vinte e dois ao déficit de Dois bilhões oitocentos e cinquenta milhões de reais para o governo pagar este ano. Mas tanto Mello quanto o Siewert mostraram otimismo para quitar esse déficit e impulsionar a economia com investimentos.



O secretário e Estado da Fazenda ( SEF ) Cleverson Siewert ( à direita ), governador Mello, a vice-governadora Marilisa Boehm e o secretário de Estado da Comunicação ( SECOM ) João Debiasi, na entrevista coletiva desta terça-feira Foto : Tiago Ghizoni, NSC .

Ao abrir a entrevista, que durou quase duas horas porque teve apresentação do amplo relatório por Siewert, Mello disse que foi feito um diagnóstico dos últimos Dez anos, incluindo receitas, despesas, arrecadação e qualidade de gastos. Falou que o objetivo foi apresentar a realidade dos dados do Estado com transparência, sem muita queixa, para, a partir de agora, trabalhar.

Na avaliação de Siewert, será possível ajustar as contas de SC ainda em Dois mil e vinte e três, com o pagamento dos Dois bilhões e oitocentos e cinquenta milhões de reais e, ao mesmo tempo, conseguir recursos para as principais promessas de campanha, que são as cirurgias eletivas e a universidade gratuita.

A virada na economia, segundo Siewert, será buscada por meio de investimentos, em especial com um amplo programa de parcerias público-privadas ( PPPs ), principalmente para infraestrutura. Um dos projetos é a abertura do canal de acesso da Baía da Babitonga, no Norte de SC, com custo estimado de trezentos milhões de reais. Essa obra, também citada por Mello, permitirá a vinda dos grandes navios post panamax para SC, aquecendo o setor. Outro plano é atrair investimentos estrangeiros de um modo geral.

Corte de benefícios fiscais estão na mira, mas, segundo Siewert, isso será feito com muita cautela, ouvindo os setores e analisando os cenários no Brasil e no mundo, para SC não perder competitividade. Com o acúmulo de experiência de passagens anteriores no governo e no setor privado, Siewert apresenta um cenário desafiador, mas sem gerar sobressaltos a ambos os lados. 

Nos bastidores políticos, se falou que essa demora do governo Mello em expor os dados teria a ver com o fato de ser de oposição à gestão do ex-governador Carlos Moisés da Silva ( do partido Republicanos ), por isso procurava enfatizar o cenário negativo. Não dá para negar que tudo tem um cunho político, visando aos eleitores. Tanto as elevadas despesas da gestão do governo Silva, quanto da demora do governo Mello em divulgar os dados, apresentando primeiro para os poderes.  

Contudo, o diagnóstico apresentado fala por si e os catarinenses precisam de uma boa gestão pública para ter serviços de qualidade e para a economia seguir crescendo. É isso que se espera do governo Mello.

Com informações de:

Estela Benetti ( estela.benetti@nsc.com.br ) . 

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