quarta-feira, 19 de julho de 2023

Gripe aviária: exportação de frango de SC para o Japão representa 14,39% do comércio externo do produto no Estado; Japão suspende a compra

Os números mostram o peso para a economia do Estado de Santa Catarina ( SC ) da decisão do Japão de suspender a importação de frango: somente neste ano de Dois mil e vinte três, o país asiático gerou cerca de Cento e sessenta dois milhões de dólares, o equivalente a Setecentos e setenta vírgula um milhões de reais para SC, valor que representa Quatorze vírgula trinta e nove por cento do comércio externo do produto no Estado. Os japoneses são os maiores compradores da mercadoria catarinense nos últimos Vinte e cinco anos. A suspensão da parceria ocorreu na segunda-feira ( Dezessete de julho de Dois mil e vinte e três ), após a confirmação do primeiro caso de gripe aviária em uma ave de fundo de quintal, na região Sul do Estado.


Secretaria de Estado da Agricultura ( SAR ) segue monitorando a situação ( Foto : Cristiano Estrela / Arquivo Secom )

Em junho de Dois mil e vinte e três, SC registrou o maior acumulado mensal do ano nas exportações para o Japão, quando as vendas de carne de frango atingiram quase Trinta milhões de dólares ( cerca de Cento e quarenta e três milhões de reais ). A maior alta ocorreu em março de Dois mil e vinte três, quando o Estado vendeu quase Cinco milhões de reais a mais do que no último mês.

No primeiro bimestre de Dois mil e vinte e três, SC teve alta de Trinta por cento no faturamento com a exportação da mercadoria, na comparação com o ano anterior, com o país asiático entre os que mais compraram.

Conforme a Federação das Indústrias do Estado de SC ( FIESC ), a expectativa é de que a decisão do corte de vendas seja revertida já nos próximos dias. Apesar da preocupação com os prejuízos totais causados ao Estado, que só devem ser sentidos no decorrer do mês de agosto de Dois mil e vinte e três, a FIESC não vê a suspensão como alarmante.

— Não estamos com crise aviária, é uma decisão temporária por conta de uma protocolo sanitário deles. É claro que isso é preocupante, porque interrompe o fluxo normal de compra e venda, mas estamos convictos que isso vai ser resolvido o mais cedo possível — afirma a presidente da Câmara de Comércio Exterior ( CCE ) da FIESC, Maria Teresa Bustamante.

Sobre prejuízos futuros, a FIESC ressalta não ter um mapeamento capaz de prever anteriormente o problema, já que a contagem é feita individualmente por cada uma das indústrias. Procurada, a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola do Estado de SC ( CIDASC ) diz não contabilizar dados relacionados a essa suspensão.

Em nota, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ( MAPA ) lamenta a decisão das autoridades japonesas e afirma que SC deve vender frango, agora, para Estados e outros países a fim de reduzir o impacto na economia. Conforme a pasta, as vendas catarinenses do produto representam Três por cento da exportação total no país.

Desde Mil novecentos e noventa e sete, o Japão é o maior importador de frango de SC. Na época, o valor representava Dezoito por cento do total das vendas, que posteriormente registrou crescimento e depois uma leve queda, estacionando entre Quinze e Vinte por cento desde Dois mil e quinze.

O maior valor de venda atingido por SC na exportação de frango foi de Seiscentos e sessenta e dois662 bilhões de dólares em Dois mil e onze ( veja o gráfico abaixo ).

Gripe aviária em SC

Um caso de gripe aviária em uma ave de fundo de quintal foi identificado pelo Estado no fim de semana. Segundo o MAPA, o animal estava em um local com outras espécies de aves, como galinha, galinha-d’angola, faisão, ganso, pato, perdiz e peru. Todas eram criadas no local e não estavam destinadas à comercialização. A propriedade foi interditada.

Esse é o segundo caso de gripe aviária registrado em SC. Em junho de Dois mil e vinte e três, a doença já havia sido identificada em uma ave silvestre, no Litoral Norte do Estado. À época, assim como agora, o governo federal reforçou que a confirmação não altera o status sanitário do país, por se tratar de ave de subsistência, ou seja, de eventual consumo pelo próprio produtor.

Com informações de:


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