Moradores da cidade de Manaus vivenciaram neste fim de semana um inusitado ataque à democracia: nos postos de saúde, militares se recusaram a vacinar opositores de Jair Bolsonaro na capital amazonense. Segundo denúncias nas redes sociais, pessoas portando cartazes contra o ocupante do Planalto não receberam doses de vacina contra a Covid-19.
As denúncias também chegaram à Secretaria Municipal de Saúde (Semsa). Integrantes do Comando Militar da Amazônia e militares da Marinha, Exército e Aeronáutica foram chamados pela prefeitura do município para acelerar o processo de vacinação.
“Militares estão se recusando a aplicar vacina em pessoas que estejam com faixas e camisas com dizeres políticos”, denunciou um morador, pelo Twitter. “Isso eu vivenciei no Studio 5. A pessoa tem que esperar outro aplicador para receber a vacina. Acontece que a maioria dos aplicadores são militares da Marinha e exército”, explicou.
Diante da gravidade do caso e do iminente risco de militarização do Estado do Amazonas, a Secretaria emitiu nota repudiando a prática antidemocrática.
Leia a íntegra da nota abaixo:
“A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, esclarece que é totalmente contrária a qualquer tipo de atitude discriminatória, em todos os sentidos, inclusive as de cunho político.
A campanha de vacinação contra a Covid-19, em Manaus, que já dura mais de cinco meses, tem sido alvo de elogios por parte do público que busca a imunização da sociedade em geral.
A Semsa reforça que a orientação às equipes de vacinação é no sentido de bem acolher e atender a todos que procuram seus postos, com atenção e respeito, e que não compactua com nenhuma forma de preconceito.
A Semsa orienta a qualquer pessoa que se sinta alvo de atitudes dessa natureza, que entre em contato com a Ouvidoria Municipal do SUS (Sistema Único de Saúde), por meio do 0800 092 1603 e mensagem pelo WhatsApp 98842-6835″.
Com informações de pt.org.br .
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