A identificação de catarinenses entre participantes, lideranças e financiadores de atos golpistas contou com serviço integrado de inteligência e até agentes infiltrados monitorando os radicais. O trabalho ajudará o Departamento da Polícia Federal ( DPF ) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública ( MJ ) a esclarecerem os papéis desempenhados por cada um no ataque à democracia e às instituições da República que ocorreu no último domingo ( Oito de janeiro de Dois mil e vinte e três ), em Brasília.
Seguranças inspecionam escritórios destruídos por golpistas ( Foto : Carl de Souza / AFP ) AFP
O monitoramento vem sendo feito desde os bloqueios golpistas das estradas, logo após as eleições, em uma parceria entre o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado ( Gaeco ), do Ministério Público do Estado de Santa Catarina ( SC ) ( MPSC ), Polícia Militar do Estado de SC ( PMSC ) e Departamento da Polícia Rodoviária Federal ( DPRF ).
O Procurador-Geral de Justiça ( PGJ ), Fernando Comin, diz que diversos relatórios foram enviados ao longo dos últimos meses ao ministro Alexandre de Moraes, que é responsável pelo inquérito dos atos antidemocráticos no Supremo Tribunal Federal ( STF ), ao Ministério Público Federal ( MPF ) e, em alguns casos, ao próprio MPSC, dependendo da atribuição dos crimes identificados.
Uma das atuações recentes foi no reconhecimento das lideranças que atuaram nas tentativas de novo bloqueio de estradas ainda no domingo, na esteira do quebra-quebra em Brasília.
Nesta segunda-feira ( Nove de janeiro de Dois mil e vinte e três ), o Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União ( CNPG ) deliberou pela criação de uma comissão de parametrização e uniformização das ações do MP brasileiro, para reforçar a atuação dos MPs em todos os Estados. Durante a reunião em que foi definida a criação da Comissão, foi reiterado o repúdio aos atos criminosos de invasão aos prédios dos Poderes da República e ratificado o compromisso com as investigações.
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