O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ( do Partido dos Trabalhadores - PT ) confirmou uma reunião com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica nesta sexta-feira ( Vinte de janeiro de Dois mil e vinte e três), como parte de uma articulação para tentar reduzir as tensões com os militares após os ataques do dia Oito de janeiro de Dois mil e vinte e três.
O encontro está marcado para as Dez horas, no Palácio do Planalto ( sede do Poder Executivo Federal ). Participam também o ministro da Defesa ( MD ), José Múcio Monteiro, e o empresário Josué Gomes, que enfrenta uma disputa para permanecer no comando da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo ( FIESP ).
Segundo auxiliares do presidente, a pauta do encontro ficará concentrada nos projetos estratégicos de defesa das Forças Armadas. O plano original é evitar discussões políticas que podem ampliar os atritos entre Lula e os militares.
O MD tinha previsão de levar os planos de investimentos das Forças Armadas a Lula em fevereiro de Dois mil e vinte e três, mas decidiu antecipar essa conversa, num esforço para melhorar a relação entre os dois lados.
O encontro ocorre uma semana após o petista ter declarado que tinha desconfiança em relação a militares que trabalham na segurança do Palácio do Planalto, devido à invasão das sedes dos Três Poderes.
Nesse período, Lula dispensou dezenas de integrantes das Forças que trabalham em áreas consideradas sensíveis, como o Gabinete de Segurança Institucional ( GSI ).
Na terça-feira ( Dezessete de janeiro de Dois mil e vinte e três), o Ministro-Chefe Rui Costa ( da Casa Civil CC ) teve uma reunião com Múcio e os chefes das Forças Armadas. Ele anunciou que tentaria encaixar na agenda de Lula uma reunião com os chefes dos militares até sexta-feira ( Vinte de janeiro de Dois mil e vinte e três ).
Estarão na reunião os comandantes do Exército, Júlio Arruda, da Marinha, Marcos Olsen, e da Aeronáutica, Marcelo Damasceno.
Em café da manhã com jornalistas na semana anterior, Lula se queixou das Forças Armadas, na esteira dos ataques do dia Oito de janeiro de Dois mil e vinte e três.
— Essa é a imagem que eu tenho das Forças Armadas. Umas Forças Armadas que sabem que seu papel está definido na Constituição Federal de Mil novecentos e oitenta e oito ( CF - 88 ). As Forças Armadas não são o poder moderador como pensam que são. As Forças Armadas têm um papel na CF - 88, que é a defesa do povo brasileiro e da nossa soberania contra possíveis inimigos externos. É isso o papel das Forças Armadas e está definido na nossa CF - 88. É isso que quero que seja bem feito — disse o petista, em café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto.
Com informações de:
Bruno Boghossian e Folhapress ( folhapress@nsc.com.br ) .
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