O Departamento da Polícia Federal ( DPF ) vai indiciar os golpistas presos em flagrante na noite deste domingo ( Oito de janeiro de Dois mil e vinte e três ), em Brasília, por suspeita de crimes cometidos nos atos de vandalismo. Segundo fontes do DPF, cerca de mil bolsonaristas serão levados para o Complexo Penitenciário da Papuda ( CPP ), no Distrito Federal ( DF ). Até o momento, já são aproximadamente Mil e quinhentos detidos, de acordo com o Ministro da Justiça e Segurança Pública ( MJ ), Flávio Dino, e com o Ministério Público Federal ( MPF ) no Distrito Federal ( DF ). Dino disse também que já está com a relação de todas as pessoas que financiaram os veículos que chegaram em Brasília.
Grupo invadiu sede dos Três Poderes e vandalizou locais ( Foto : CARL DE SOUZA / AFP )
"O apoio dos colegas será fundamental para dar celeridade às audiências nesse momento crítico e tão desafiador na história do país", disse o Procurador-Chefe em exercício do MPF no DF, Pablo Coutinho Barreto, em nota.
A previsão é de que as audiências, que serão realizadas de forma virtual, tenham início até terça-feira ( Dez de janeiro de Dois mil e vinte e três ).
Os manifestantes extremistas entraram na Esplanada dos Ministérios na tarde de domingo e invadiram o Palácio do Planalto ( sede do Poder Executivo Federal ), o Congresso Nacional ( CN ) e o Supremo Tribunal Federal ( STF ), depredando as sedes dos Três Poderes na capital federal. Os golpistas vieram na maioria do acampamento diante do Quartel-General ( QG ) do Exército em Brasília.
O vandalismo contra os prédios públicos levou o presidente Lula ( do Partido dos Trabalhadores - PT ) a decretar a intervenção federal na área de segurança do DF.
Na decisão em que autorizou a retirada dos golpistas do acampamento no QG do Exército, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, apontou para a o possibilidade de prática dos crimes de associação criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de estado, incitação ao crime, ameaça e dano ao patrimônio público.
As forças de segurança conseguiram desocupar os locais invadidos na praça dos Três Poderes fazendo uso de muitas bombas de efeito moral e spray de pimenta.
Segundo o presidente do CN, senador Rodrigo Pacheco ( do Partido Social Democrático - PSD do Estado de Minas Gerais - MG ), Quarenta e quatro pessoas foram detidas em flagrante pela Polícia Legislativa. Na noite de domingo, em torno de Duzentas pessoas já haviam sido presas pelos ataques contra a democracia.
Na manhã desta segunda-feira (Nove de janeiro de Dois mil e vinte e três ), a Polícia Militar do DF 9 PMDF ) e a Polícia do Exército ( PE ) conduziram o esvaziamento da área do QG do Exército.
A ideia da cúpula militar era pressionar bolsonaristas a se retirar do local de maneira pacífica, evitando confronto. Alguns golpistas, contudo, mostraram resistência. Um manifestante que xingava as forças de segurança foi detido.
A ação ocorreu após a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF, dando Vinte e quatro horas para a retirada de todos os manifestantes acampados no local.
Segundo o MJ, cerca de Mil de duzentos bolsonaristas foram conduzidos presos para a superintendência do DPF, em dezenas de ônibus cedidos pelo governo do DF.
Os ministros José Múcio ( do Ministério da Defesa - MD ) e Rui Costa ( da Casa Civil - CC ) e o Secretário-Executivo do MJ, Ricardo Cappelli, designado interventor federal, acompanharam a desocupação do acampamento golpista no DF.
Moraes determinou ainda o afastamento do cargo do governador do DF, Ibaneis Rocha ( do partido Movimento Democrático Brasileiro - MDB ). O Governo do DF ( GDF ) é responsável pela segurança na região da Esplanada. A suspensão estabelecida pelo ministro do STF vale por Noventa dias.
O então secretário de segurança pública e ex-ministro de Bolsonaro, Anderson Torres, foi exonerado ao longo do domingo e teve a prisão solicitada pela Advocacia-Geral da União ( AGU ).
A determinação de Moraes ocorreu horas após bolsonaristas radicalizados protagonizarem atos de vandalismo em Brasília. Importantes obras de arte da cultura brasileira foram danificadas nas edificações do CN e do Palácio do Planalto.
Com informações de:
Fabio Serapião e Nathalia Garcia ( folhapress@nsc.com.br ) .
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