O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ( do Partido dos Trabalhadores - PT ) disse nesta quarta-feira ( Dezoito de janeiro de Dois mil e vinte e três ) que vai aos Estados Unidos da América ( EUA ) no dia Dez de fevereiro de Dois mil e vinte e três, em sua segunda rodada de viagens internacionais oficiais, e que vai no mês seguinte à China.
A ida aos EUA ocorrerá menos de um mês após a sua viagem à Argentina, que abrange uma visita oficial ao governo do aliado Alberto Fernández e a participação na cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos ( CELAC ), bloco que o país voltou a integrar há algumas semanas. Na mesma viagem, Lula visita o Uruguai.
Lula participou durante a manhã de encontros com representantes das centrais sindicais, no Palácio do Planalto ( sede do Poder Executivo Federal - PEF ). Em seu discurso, enfatizou o trabalho de reconstrução da imagem internacional do Brasil após o governo de Jair Messias Bolsonaro ( do Partido Liberal - PL ).
— Esse país não pode continuar sendo eternamente um país emergente, um país em via de desenvolvimento — disse Lula. — Esse país precisa dar uma chance a nós mesmos, uma chance de nos transformarmos em um país desenvolvido.
— Essa é a razão pela qual estou aqui: para a gente reconstruir a nossa imagem no exterior — seguiu.
— Domingo [ Vinte e dois de janeiro de Dois mil e vinte e três ] vou à Argentina, dia Dez vou aos EUA, em março vou à China. E vamos receber aqui a Alemanha e a França. Vamos fazer com que o Brasil vire protagonista internacional outra vez — completou.
Lula havia sido convidado para ir aos EUA para um encontro com o presidente Joe Biden ainda antes da posse, segundo anunciou o atual ministro da Fazenda ( MF ), Fernando Haddad ( PT ). No entanto, Lula afirmou durante encontro com o conselheiro de Segurança Nacional ( CSN ) dos EUA, Jake Sullivan, que a viagem ficaria para depois da posse. Na ocasião, Lula argumentou que havia questões internas a serem resolvidas, além das negociações para a formatação do seu governo.
Segundo integrantes do governo, o Ministério de Relações Exteriores ( MRE ) chegou a indicar a Washington que Lula teria disponibilidade para a viagem entre os dias Primeiro e Doze de fevereiro de Dois mil e vinte e três. O Palácio Itamaraty ( sede do MRE ), então, aguardou nesta semana uma resposta do governo americano.
Não está prevista agenda em outro país durante o deslocamento de Lula para o encontro com Biden. Ainda durante os trabalhos do gabinete de transição, o chanceler Mauro Vieira já havia afirmado que Lula faria uma viagem à China.
Lula não transmitiu mais detalhes sobre as viagens de chefes de Estado da Alemanha e da França a Brasília ( DF ). Os dois países foram críticos ao Brasil durante a gestão Bolsonaro, em particular devido à política ambiental de Bolsonaro, que resultou na alta de desmatamentos e outros crimes ambientais.
Para a primeira viagem internacional de seu terceiro mandato, Lula deve embarcar neste domingo ( Vinte e dois de janeiro de Dois mil e vinte e três ) com destino a Buenos Aires ( Capital da República Argentina ). Membros do governo informaram que há a intenção de que, após o encontro com o presidente Alberto Fernández, os chefes de Estado assinem uma declaração de retomada da parceria estratégica, indicando uma nova fase nessa reconstrução das relações com o vizinho.
Além disso, o encontro bilateral deve resultar na assinatura de acordo de integração econômica e energética. A expectativa do governo brasileiro é que, após os encontros na Argentina e no Uruguai, Lula tenha uma perspectiva mais clara de quando e como será possível destravar o acordo comercial do ( Mercado Comum do Sul ) Mercosul com a União Europeia ( UE ).
Com informações de:
Renato Machado, Thiago Resende e Folhapress ( folhapress@nsc.com.br ) .
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