O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ( do Partido dos Trabalhadores - PT ) afirmou nesta quarta-feira ( Dezoito de janeiro de Dois mil e vinte e três ) que o sistema de inteligência do governo federal "não existiu" no dia Oito de janeiro de Dois mil e vinte e três, quando as sedes dos três Poderes foram invadidas e depredadas por apoiadores do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro ( do Partido Liberal - PL ).
O chefe do Poder Executivo Federal ( PEF ) disse que estava em Araraquara ( no Estado de São Páulo - SP ) no momento da invasão e que, se soubesse do risco de invasão aos palácios, não teria deixado a capital federal.
— Quando eu saí de Brasília na sexta-feira, tinha a informação que estava tudo tranquilo. E depois aconteceu o que aconteceu no domingo, com convocação nas redes sociais. Nenhuma inteligência serviu para me avisar que poderia acontecer isso. Se eu soubesse, não teria viajado — afirmou em entrevista ao canal de televisão por assinatura GloboNews.
Lula disse que ficou com o sentimento de "que era o começo de um golpe de Estado" e fez duras críticas a Bolsonaro:
— Impressão de que Bolsonaro queria voltar ao Brasil na glória de um golpe.
Lula também voltou a dizer que teve gente conivente dentro do Palácio do Planalto ( sede do PEF ) que facilitou a invasão:
— Eu fiquei com a impressão inclusive que o pessoal estava acatando ordem e orientação que o Bolsonaro deu durante muito tempo. Por muito tempo ele mandou invadir a Suprema Corte ( Supremo Tribunal Federal - STF ), desacreditou do Congresso Nacional ( CN ), por muito tempo ele pedia que o povo andasse armado, porque isso era democracia.
Na última semana, Lula já havia demonstrado grande desconfiança em relação a militares que atuam no governo e mandou um duro recado às Forças Armadas.
— Eu estou esperando a poeira baixar. Eu quero ver todas as fitas gravadas dentro da Suprema Corte, dentro do palácio. Teve muito agente conivente. Teve muita gente da Polícia Militar do Distrito Federal - PMDF ) conivente. Muita gente das Forças Armadas aqui de dentro coniventes. Eu estou convencido que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para essa gente entrar porque não tem porta quebrada. Ou seja, alguém facilitou a entrada deles aqui — afirmou.
No dia Oito de janeiro de Dois mil e vinte e três, apoiadores de Bolsonaro promoveram um grande ato golpista na Esplanada dos Ministérios. Avançaram sobre as forças de segurança e invadiram o CN, o Palácio do Planalto e o STF, deixando para trás um rastro de vandalismo e destruição.
Com informações de:
Matheus Teixeira, Renato Machado e Folhapress ( folhapress@nsc.com.br ) .
Nenhum comentário:
Postar um comentário