sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Atentados à democracia: na CPMI do Golpe, Correia prevê indiciamento e prisão de Bolsonaro

Um dos condenados pela tentativa de explodir um caminhão - tanque no aeroporto de Brasília ( no Distrito Federal - DF ) , na véspera do Natal de Dois mil e vinte e dois, o blogueiro Wellington Macedo é mais um bolsonarista que se acovardou e ficou calado diante da Comissão Parlamentar Mista ( CPMI ) do Golpe, nesta quinta - feira ( Vinte e um de setembro de Dois mil e vinte e três ) .

Rogério Correia: “ Para mim, o indiciamento de Bolsonaro são favas contadas "
 

Esse comportamento, no entanto, não impediu que os membros da CPMI recriassem, a partir das ações do blogueiro, preso na semana passada após ficar oito meses foragido no Paraquai, todo o processo golpista que desembocou no Oito de Janeiro. 

Como mostrou a relatora da CPMI, senadora Eliziane Gama ( do Partido Social Democrático do Estado do Maranhão - PSD - MA ), Macedo participou da disseminação de fake news e discursos de ódio contra a esquerda e as instituições democráticas até a arrecadação de recursos via PIX. 

E esteve em quatro eventos golpistas que antecederam o Oito de Janeiro: uma tentativa de invadir o hotel no DF onde o Presidente da República ( PR ) Luiz Inácio Lula da Silva ( do Partido dos Trabalhadores - PT ) estava hospedado durante a transição ( em Cinco de dezembro ); a tentativa de paralisar o aeroporto do DF ( Oito de Dezembro ); a tentativa de invasão da sede do Departamento da  Polícia Federal ( DPF ) (Doze de dezembro ) e, por fim, o atentado a bomba frustrado.

“ Favas contadas ”


O deputado federal Rogério Correia ( do PT do Estado de Minas Gerais - PT - MG ) ressaltou que as provas colhidas contra Macedo mais o conteúdo da delação do Tenente  - Coronel Mauro Cid deixam o ex - PR Jair Messias Bolsonaro ( do Partido liberal - PL ) cada vez mais perto da prisão. “ Para mim, o indiciamento de Bolsonaro são favas contadas. E o senhor vai ajudar a colocá - lo na cadeia ” , previu Correia.

Para sustentar sua afirmação, Correia exibiu um vídeo que Macedo postou nas redes sociais em Doze de dezembro, no qual contava estar acampado no Palácio da Alvorada ( residência oficial da PR ) com cerca Duzentas pessoas sob autorização de Bolsonaro. Na gravação o blogueiro convidava outros apoiadores de Bolsonaro a ir até a residência oficial da PR para ouvir as palavras de Bolsonaro.

Três dias antes, Bolsonaro havia falado em público para atiçar o sentimento golpista. “ Nada está perdido. As Forças Armadas, eu tenho certeza, estão unidas. As Forças Armadas devem, assim como eu, lealdade ao nosso povo ” , discursou na ocasião. Três dias mais tarde, horas depois do vídeo de Macedo, DF viveu uma noite de horror, com veículos incendiados nas ruas e uma tentativa de invasão da sede do DPF.

Bolsonaro tentou convencer Forças Armadas


Correia, então, leu na CPMI a notícia de que, na delação premiada, Cid revelou que Bolsonaro se reuniu com a cúpula militar para avaliar um golpe no país. Segundo o ex - ajudante de ordens, o almirante Almir Garneiro Santos disse que a Marinha atenderia a um chamamento de Bolsonaro, mas que os comandos do Exército e da Aeronáutica se recusaram.

“ Por isso, tem no telefone do Cid aquele desalento de dizer para o coronel Lawande que o golpe tinha flopado, que eles não tinham conseguido a unidade das Forcas Armadas ” , afirmou Correia. “ Aí, o que eles tentaram fazer? Criar uma centelha que alimentasse o golpe ” , completou.

Essa centelha, explicou o deputado, eram os atos violentos como os do dia Doze de dezembro de Dois mil e vinte e dois, a explosão de uma bomba ou, finalmente, o Oito de Janeiro. “ Isso não são narrativas. São fatos concretos que já provamos ” , ressaltou o deputado, mostrando como o discurso golpista de Bolsonaro, os atos violentos de dezembro e, por fim, o Oito de Janeiro estão conectados e representaram uma tentativa rela de golpe de Estado comandada por Bolsonaro.

Com informações da:

Agência PT de Notícias

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