sexta-feira, 22 de setembro de 2023

Direito de propriedade: Tatto pede vista e adia leitura do relatório da CPI do MST; cheio de falácias bolsonaristas

A Comissão Parlamentar de Inquérito ( CPI ) do Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Terra ( MST ) – que foi criada com o objetivo claro de criminalizar os movimentos que lutam pela reforma agrária e indiciar lideranças – teve a votação do relatório final adiada, nesta quinta-feira ( Vinte e um de setembro de Dois mil e vinte e três ). Antes mesmo de o relator, deputado Ricardo Salles ( do Partido Liberal do Estado de São Paulo - PL - SP ), começar a ler o texto, o deputado Nilto Tatto ( PT - SP ) pediu vista adiando, assim, a votação para o dia Vinte e seis de setembro de dois mil e vinte e três.

Tatto pediu vista ao relatório

“ O que a gente vê no relatório é uma discurseira política e ideológica para atacar os movimentos de luta pela Reforma Agrária, mas também atacar as políticas do governo Lula ” , afirmou o coordenador da Bancada do PT na CPI, deputado Nilto Tatto.

Após quatro meses, o que se viu nas audiências e diligências foram práticas e discursos sem embasamento que reforçam preconceitos e criminalizam os movimentos de luta pela terra. Em seu relatório, Salles – que é réu em ação que apura exportação ilegal de madeira – chamou os movimentos, em especial o MST, de “ facções criminosas ” e como já era previsto, o texto tenta criminalizar lideranças favoráveis à Reforma Agrária.

Falácias bolsonaristas


Para o deputado Padre João ( do PT do Estado de Minas Gerais - PT - MG ) o documento apresentado pelo deputado bolsonarista é cheio de falácias. “ O ‘ réulator ’ , Salles, comprova que o bolsonarismo vive no mundo da terra plana. Em uma sessão esvaziada, apresenta um relatório recheado de falácias, doutrinação e mentiras. Não poderia acontecer diferente para uma CPI que nem devia ter acontecido. O MST sai mais forte ” .

“ Aquilo que vínhamos denunciando desde a instalação desta CPI do MST se confirmou durante a leitura do relatório hoje : o documento estava pronto antes mesmo de o início das atividades. Um documento raso, cheio de vícios, parcial, que criminaliza o movimento, seus integrantes, ex - ministros e ataca o governo. Lamentável que tenhamos tido dinheiro público e tempo gasto com esse circo, enquanto temos problemas reais para resolver, como a fome e a própria Reforma Agrária ” , apontou o deputado Marcon ( do PT do Estado do Rio Grande do Sul - PT - RS ) .

Com informações da:

Agência PT de Notícias / PT na Câmara

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