Pesquisa Datafolha divulgada no domingo ( Dezessete de setembro de Dois mil e vinte e três ) pelo jornal Folha de São Paulo mostra que Trinta e cinco por cento dos brasileiros relatam ter sentido melhora na economia. Maior da série histórica do Datafolha, o patamar está associado a uma série de ações adotadas pelo governo do Presidente da República ( PR ) Luiz Inácio Lula da Silva ( do Partido dos Trabalhadores - PT ), entre as quais a ampliação dos programas de distribuição de renda, sendo o principal deles o Programa Bolsa Família ( PBF ), e melhora nas condições de crédito, com destaque para o Programa Desenrola Brasil, que já nos cinco primeiros dias, limpou o nome de mais de Dois milhões de consumidores.
“ O número de brasileiros que sentiram a melhora na economia atingiu o maior número em setembro de Dois mil e vinte e três, segundo pesquisa do Datafolha. Aumento do Produto Interno Bruto ( PIB ), preço dos alimentos em queda e mais empregos. Estamos trabalhando para melhorar ainda mais, com o Brasil no rumo certo. Boa segunda e boa semana para todos ”, afirmou Lula, nas redes sociais.
O levantamento do Datafolha foi feito junto a Dois mil e dezesseis pessoas em Cento e trinta e nove cidades, nos dias Doze e treze deste mês de setembro de Dois mil e vinte e três. Ele mostra que, em outubro de Dois mil e vinte e dois, Trinta e quatro por cento declaravam sentir melhora na economia brasileira. Veio, então, a instabilidade e a polarização da disputa à PR, e uma nova retração. Em dezembro de Dois mil e vinte e dois, Vinte e seis por cento relatavam melhora, em março de Dois mil e vinte e três, Vinte e três por cento. No entanto, na pesquisa de setembro de Dois mil e vinte e três, o percentual subiu para Trinta e cinco por cento .
Ao comentar os resultados da pesquisa, a presidenta nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann ( do PT do Estado do Paraná - PR ), destacou, nas redes sociais, que “ o governo Lula seguirá reconstruindo o país, pensando em politicas públicas para colocar o trabalhador no orçamento e garantir uma vida mais feliz e decente para os brasileiros e brasileiras ” .
Avanços
No aspecto macroeconômico, o primeiro semestre de Dois mil e vinte e três foi de boas surpresas. Em dezembro de Dois mil e vinte e dois, o Boletim Focus, do Banco Central do Brasil ( BACEN ), que reúne projeções dos economistas, estimava que o PIB teria expansão de Zero vírgula oito por cento em Dois mil e vinte e três. Agora, a expectativa é que o ano termine com avanço de Dois vírgula oito por cento .
Algumas instituições projetam alta acima de Três por cento. As revisões consideram o desempenho do PIB no primeiro semestre de Dois mil e vinte e três, acima do esperado. De janeiro a março deste ano de Dois mil e vinte e três, teve alta de Um vírgula oito por cento ante o quarto trimestre de Dois mil e vinte e dois. O resultado foi puxado pela agropecuária, que avançou Vinte e um vírgula seis por cento. Foi a maior alta do segmento desde o quarto trimestre de Mil novecentos e noventa e seis. No segundo trimestre de Dois mil e vinte e três, o PIB avançou mais Zero vírgula nove por cento em relação aos Três meses anteriores. Em retrospecto, no entanto, essa recuperação mais recente – bem como sua percepção pela população – foi lenta e instável.
O número de pessoas que relatavam melhora na economia do país despencou na pandemia de Covid - Dezenove. Às vésperas do surto global, em dezembro de Dois mil e dezenove, Vinte e oito por cento declaravam ver avanço na economia do Brasil. Na pesquisa seguinte, em setembro de Dois mil e vinte e um, com o país sentindo o baque do isolamento social para conter o contágio e as mortes, a parcela havia caído para Onze por cento.
Foi o segundo pior patamar da série histórica. Só perdeu para o percentual de Seis por cento registrado em junho de Dois mil e dezoito – em contrapartida, Setenta e dois por cento afirmavam que houve piora na economia. A deterioração na sensação de bem - estar econômico refletiu os efeitos da greve dos caminheiros, que parou o país em maio daquele ano e piorou a percepção em relação à gestão do ex- PR Michel Temer ( do Movimento Democrático Brasileiro - MDB ), já abalada pelo aumento do desemprego e dos preços em geral.
Melhora na economia pessoal
O Datafolha registrou também reversão e aumento expressivo no percentual de pessoas que relatam melhora na sua vida econômica nos últimos meses. Esse grupo também vinha perdendo espaço desde outubro do ano de Dois mil e vinte e dois, quando registrou o pico de Trinta e quatro por cento. O percentual, então, caiu para Trinta e um por cento em dezembro de Dois mil e vinte e dois, Vinte e três por cento em março de Dois mil e vinte e três, voltando a subir em setembro para Trinta por cento.
Segundo a Folha de São Paulo, os economistas têm uma lista de itens que melhoraram e podem ser sentidos diretamente pelas pessoas, provocando esse efeito. Além da ampliação dos programas de distribuição de renda e da melhora nas condições de crédito, também contribuiu para aliviar o bolso das pessoas uma inflação menor. Os preços da alimentação no domicílio, por exemplo, acumularam queda ( deflação ) de Zero vírgula sessenta e dois por cento nos Doze meses até agosto de Dois mil e vinte e três. Foi a primeira vez que esse subgrupo do Índice de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ) caiu nesse período desde maio de Dos mil e dezoito.
A resiliência do mercado de trabalho é outro fator. No trimestre móvel encerrado em julho de Dois mil e vinte e três, a taxa de desemprego ficou em Sete vírgula nove por cento, a menor para o período desde Dois mil e quatorze. No trimestre anterior, havia ficado em Oito por cento.
Paradoxalmente, a pesquisa Datafolha identifica estabilidade nas expectativas em relação a esses indicadores, e projeções menos otimistas para os próximos meses.
Inflação
O cenário para inflação acompanhado pelo Datafolha estagnou. A parcela de pessoas que espera aumento no custo de vida foi de Cinquenta e quatro por cento em março de Dois mil e vinte e três e também em setembro.
Não variou também o percentual de pessoas que acredita que a inflação fica igual. Foram Vinte e quatro por cento nas duas pesquisas. A parcela que projeta queda também está praticamente igual – Vinte por cento em março e Dezenove por cento na pesquisa mais recente.
O cenário para poder de compra, por sua vez, divide opiniões nesses seis meses de Dois mil e vinte e três. Em março, Trinta e dois por cento dizem que vai aumentar, Trinta e três por cento, que vai cair, e outros Trinta e três por cento, que vai ficar como está. Os percentuais são praticamente os mesmos identificados na pesquisa de setembro, respectivamente de Trinta e três por cento, Trinta e um por cento e Trinta e quatro.
Com informações da:
Agência PT de Notícias / Folha de São Paulo
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