O Departamento da Polícia Federal ( DPF ) prendeu, na quinta - feira ( Quatorze de setembro de Dois mil e vinte e três ) , o blogueiro golpista Wellington Macedo, um dos três condenados pela tentativa de explodir um caminhão de combustível no aeroporto de Brasília ( no Distrito Federal - DF ), na véspera do Natal ( Vinte e quatro de dezembro ) de Dois mil e vinte e dois.
Assessor do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos ( MMFDH ) em Dois mil e dezenove, durante a gestão da hoje senadora bolsonarista Damares Alves ( do partido Republicanos do - DF ), o terrorista estava foragido no Paraguai.
Foram presos na mesma operação, realizada em conjunto com a Polícia Nacional ( PN ) paraguaia, Max Pitangui e Rieny Munhoz, acusados de participação na tentativa de golpe de Oito de Janeiro.
Segundo a Rede de Notícias a Cabo ( CNN - Cable News Network - sigla em inglê ), o asilo provisório que os três receberam no país vizinho expirou, permitindo que as autoridades cumprissem os mandados de prisão emitidos pela Justiça brasileira. Mesmo foragido, Macedo foi condenado a Seis anos de prisão, em regime inicial fechado, e multa de Nove mil e seiscentos reais.
Requerimento na CPMI
Ao tomar conhecimento da notícia, o deputado federal Rogério Correia ( do Partido dos Trabalhadores do Estado de Minas Gerais - PT - MG ) informou, durante a sessão de quinta-feira ( Quatorze de setembro de Dois mil e vinte e três ) da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito ( CPMI ) do Golpe, que apresentaria requerimento para que o ex - assessor de Damares preste depoimento na CPMI, como ocorreu com George Washington de Oliveira Sousa, o homem que fabricou a bomba.
O ministro da Justiça ( MJ ), Flávio Dino ( do Partido Comunista do Barsil - PCdoB ), agradeceu o empenho e elogiou a eficiência do DPF. “ Agradeço ao trabalho da PN do Paraguai na execução de importantes prisões de brasileiros acusados de crimes relativos ao Oito de Janeiro e outros atos delituosos, a exemplo da bomba no aeroporto do DF. E mais uma vez homenageio o nosso DPF pela eficiência ” , escreveu nas redes sociais.
Terror a serviço do golpe
A tentativa frustrada de explodir um caminhão no aeroporto no DF, um dia antes do Natal, deixou claro o quão determinados estavam os bolsonaristas a dar um golpe de Estado.
Como ficou claro no julgamento pelo Supremo Tribunal Federal ( STF ) dos três primeiros acusados de participação no Oito de Janeiro, o objetivo da turba golpista era criar um caos no país, forçando à decretação de uma GLO ( Garantia da Lei e da Ordem ) . Com isso, acreditavam, as Forças Armadas tomariam o controle do país e dariam início ao golpe de Estado.
Ao ser preso logo após o atentado frustrado, Sousa, confessou que montou a bomba, usando parte dos explosivos que já possuía e um detonador que lhe foi fornecido por um frequentador do acampamento em frente ao Quartel Gerneral ( QG ) do Exército no DF.
Hoje condenado a nove anos e quatro meses de prisão, Sousa montou a bomba e a entregou a Alan Diego, taxista de Mato Grosso ( MT ) que colocou o artefato no caminhão e, por isso, já foi condenado a cinco anos e quatro meses. Coube a Macedo levar Alan de carro até as imediações do aeroporto.
Por sorte, o motorista do caminhão percebeu a bomba, acionou a polícia e evitou o que poderia ser o maior atentado terrorista da história do país, uma vez que o caminhão transportava Sessenta e três mil litros de querosene de aviação e o aeroporto do DF estava muito movimentado por ser véspera de Natal.
Relações bombásticas de Damares
Macedo não é o único golpista ligado a Damares. Outro é o blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio, apontado como um dos principais articuladores do ataque às sedes dos Três Poderes.
Ele não foi lotado no MMFDH de Damares, mas a assessorou durante a transição de governo e, depois, emplacou a esposa, Sandra Terena Eustáquio, como secretária de Igualdade Racial ( SIR ) na pasta.
Completando o time de golpistas que gravitaram Damares, estão Renan Sena, preso por participar diretamente do atentado de Oito de Janeiro, e Sara Giromini, conhecida também como Sara Winter, uma das líderes dos primeiros ataques ao Poder Judiciário ( PJ ), presa em Dois mil e vinte após ameaçar ministros do STF.
Enquanto Sena foi funcionário terceirizado do MMFDH durante a gestão de Damares, Sara atuou como chefe da Coordenação Geral de Atenção Integral à Gestante e à Maternidade ( CGAIGM ) de abril a dezembro de Dois mil e dezenove. A extremista ocupava um cargo de confiança vinculado à Secretaria Nacional de Políticas para Mulheres ( SNPM ) da pasta.
Com informações da:
Agência PT de Notícias
Nenhum comentário:
Postar um comentário