segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Violência doméstica: Ministérios de Lula anunciam medidas para proteger mulheres indígenas

Após anos de desamparo e desassistência por parte da gestão do ex - Presidente da República ( PR ) Jair Messias Bolsonaro ( do Partido Liberal - PL ) anterior, as mulheres indígenas foram atendidas pelo presidente do governo do PR Luiz Inácio Lula da Silva ( do Partido dos Trabalhadores - PT ) com uma série de medidas que buscam proteger a vida desses brasileiros, além de estimular a formação acadêmica.

O Administrador Cláudio Márcio Araújo da Gama ( registrado no Conselho Regional de Administração do Estado de Santa Catarina - CRA-SC sob o número Vinte e quatro mil seiscentos e setenta e três ) ( de gravata ) com indígenas em SC.
 

O Ministério dos Povos Indígenas ( MPI ) e o Ministério das Mulheres ( MM ) anunciaram ações conjuntas em Treze de setembro de Dois mil e vinte e três ), no encerramento da Terceira Marcha das Mulheres Indígenas ( MMI3 ), que aconteceu em Brasília ( no Distrito Federal - DF ) na mesma semana

De acordo com o MM, as ministras Cida Gonçalves ( MM ) e Sônia Guajajara ( MPI ) assinaram Acordo de Cooperação Técnica ( ACT ) para conceber e fomentar, em parceria, políticas públicas voltadas à prevenção e ao enfrentamento das violências contra as mulheres indígenas no Brasil.  Uma das ações é a construção de Casas da Mulher indígena ( CMI ) em todos os biomas brasileiros para o atendimento de mulheres em situação de violência com protocolos específicos, bem como a construção de fluxos especializados para o atendimento de mulheres indígenas em equipamentos já existentes. 

Foi anunciada, também, a criação de um grupo de trabalho técnico para fomentar políticas públicas para mulheres indígenas no âmbito do projeto Guardiãs, que tem como foco capacitações, medidas estratégicas e formação de redes institucionais de apoio e conhecimentos sobre os direitos das mulheres e meninasindígenas.

A secretária nacional de mulheres ( SNM ) do PT, Anne Moura, celebrou a realização da MMI3 e as conquistas obtidas: “ As mulheres indígenas lutam pela demarcação das terras, pelo território, pela vida, pela manutenção da ancestralidade. Além disso, estamos todas unidas para ampliar a presença das mulheres indígenas nos espaços de poder para aumentar e fortalecer a Bancada do Cocar. Finalmente, temos um governo que respeita os povos originários, temos um ministério dos Povos Indígenas, temos a Fundação Nacional do Índio ( FUNAI ) presidida por uma mulher indígena. Seguimos lutando pelo nosso lugar. ” .

Pagu Rodrigues, mulher indígena da etnia Fulni-ô, é Coordenadora - Geral de Prevenção de Violência Contra as Mulheres ( CGPVCM ) do MM. Ela explicou um pouco sobre as ações anunciadas pelos dois ministérios, e destacou que serão contratadas mulheres indígenas para realização dos atendimentos de outras indígenas. 

“ Temos feito discussões para realização de fluxos e protocolos de atendimentos específicos e especializados para atendimento de mulheres indígenas em situação de violência na rede de serviços e nos equipamentos que a gente tem sobre enfrentamento à violência contra a mulher ”, afirmou Pagu. “ O primeiro desses equipamentos, que já vai implementar um serviço especializado de atendimento especializado para mulheres indígenas em situação de violência, é a Casa da Mulher Brasileira ( CMB ) de Dourados ( no Estado do Mato Grosso do Sul - MS ), que já está em processo de pactuação e que deverá, portanto, acolher e contratar profissionais indígenas para fazer esse atendimento de mulheres indígenas em situação de violência. ” . 

Ela destacou também a criação de um Grupo de Trabalho Técnico ( GTT ) com o objetivo de pensar, propor e articular políticas públicas para mulheres indígenas e, junto deste GTT, foi assinado um ACT técnica entre os dois ministérios para fazer Seis diálogos nacionais, sendo um por bioma que deverá pensar o serviço específico para mulheres indígenas sobre a CMI: “ Nossa proposta é, inicialmente, ter uma CMI por bioma e a forma como esse serviço vai funcionar será feita em diálogo com esses territórios, diálogos por bioma para pensar a maneira como a CMI vai funcionar”, revelou. 

Para além disso, informou Pagu, a meta é que a partir do exemplo da CMB de MS, que todas as CMB – as existentes e as que vierem a ser inauguradas – também tenham atendimento especializado. Farão parte deste fluxo de atendimento as CMB, as unidades móveis, o Programa Mulher Viver Sem Violência ( PMVSV ) e as CMI como uma rede estruturada para o atendimento a mulheres indígenas em situação de violência. 

Qualificação e incentivo à participação política das indígenas na política 


Outro ponto que foi contemplado pelos ministérios é o fortalecimento da qualificação e a formação de defensoras populares indígenas, chamadas de Guardiãs dos Territórios.  

“ Este será um processo de formar minimamente duas mulheres guardiãs por Estado inicialmente, que serão pontos focais no estabelecimento desse diálogo com os territórios indígenas, rede de enfrentamento à violência contra a mulher ”, disse Pagu. 

Uma importante reivindicação da MMI3 é a consolidação e o fortalecimento da atuação de lideranças indígenas para serem candidatas e ocuparem os espaços de poder. Para isso, será feito um  processo formativo direcionado a estas mulheres: “ Estamos na elaboração de um edital de fortalecimento de lideranças femininas nos territórios. Queremos contemplar não só mulheres indígenas, mas também mulheres quilombolas, mulheres defensoras dos Direitos Humanos ( DH ) e ambientais ”, assegurou Pagu.

Por fim, Pagu informou que está contemplado no Plano Plurianual ( PPA ) do MM ações para consolidar uma política que estruture um sistema nacional de prevenção e enfrentamento à violência contra mulheres indígenas: “ Também haverá, e já está em diálogo, ações dentro do Pacto Nacional de Prevenção aos Feminicídios ( PNPF ) para contemplar a prevenção e o enfrentamento ao feminicídio contra mulheres indígenas, seja ele de ordem íntima ou de ordem política. ” .  

Abaixo, algumas ações anunciadas ontem durante a MMI3:

Casa da Mulher Indígena ( CMI3 ): os novos espaços serão construídos por bioma ( Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado, Pampa e Pantanal ) e irão atender mulheres indígenas em situação de violência com protocolos específicos.

Garantia de Fluxos e Protocolos Especializados: Elaborados em parceria com o MPI, para realizar atendimento às mulheres indígenas em situação de violência em equipamentos já existentes.

Pacto Nacional de Prevenção aos feminicídios: Anúncio de Duzentas e setenta unidades móveis para acolhimento e orientação às mulheres, além de barcos e lanchas para regiões onde é necessário o serviço fluvial para o atendimento de todas as brasileiras. O Pacto prevê a proteção das mulheres de todas as formas de discriminação, misoginia e violência. 

LIGUE 180: Revisão de protocolos sobre novos tipos de violência contra as mulheres, a atualização do banco de informações e serviços e o atendimento para territórios e mulheres indígenas. A ligação é gratuita e o serviço funciona Vinte e quatro horas por dia, todos os dias da semana, em todo o território nacional. 

Oi, Mulheres: A Ouvidoria Itinerante ( OI ) do MM é um espaço de escuta das mulheres em seus territórios para garantir a proteção de seus direitos e a construção de políticas públicas adequadas à realidade. A OI é um espaço de denúncias, reclamações, solicitações e elogios. 

Diálogos pela Inclusão: Ação que faz escuta qualificada por temáticas e nos territórios para a produção e implementação de políticas públicas para as mulheres em toda a sua diversidade. A iniciativa busca escutar mulheres dos seis biomas: Caatinga, Mata Atlântica, Cerrado, Pampa, Pantanal e Amazônia.

Programa Nacional de Cidadania e Bem Viver para as Mulheres Rurais ( PNCBVMR ): garante o acesso à documentação básica, dentre outros direitos, para mulheres do campo, das florestas e das águas. 

Organismos de Política para as Mulheres ( OPM ): Consolidação e ampliação dos órgãos nos Estados e Municípios. A iniciativa prevê a promoção de políticas públicas para garantir os direitos das mulheres, a equidade e a igualdade de gênero. 

Com informações da:

Agência PT de Notícias / Elas por Elas / Agência Brasil / Ministérios das Mulheres / Ministério dos Povos Indígenas

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