A ambiciosa agenda geopolítica do Presidente da República ( PR ) Luiz Inácio Lula da Silva ( do Partido dos Trabalhadores - PT ) de combate às desigualdades, erradicação da fome no mundo até Dois mil e trinta e promoção do desenvolvimento sustentável consolidou-se neste final de semana, a partir da realização da cúpula do Gê Vinte, na Índia. No encontro, Lula recebeu oficialmente a Presidência do bloco, que começa a vigorar a partir de Primeiro de dezembro de Dois mil e vinte e três. Um dos grandes avanços da cúpula deste ano de Dois mil e vinte e três é a Aliança Global dos Biocombustíveis ( GBA, na sigla em inglês ), anunciada por Lula e os presidentes dos Estados Unidos da América ( EUA ), Joe Biden, da Argentina, Alberto Fernández e o primeiro - ministro da Índia, Narendra Modie.
O lançamento da Aliança, além de representar um progresso em relação ao desafio das maiores economias do planeta de promoverem um processo seguro de transição energética, representa uma excelente oportunidade para o Brasil atrair investimentos. Durante à cúpula na Índia, o governo brasileiro apresentou um plano detalhado sobre como a utilização dos biocombustíveis pode contribuir para uma nova economia verde no mundo.
O país ocupa hoje a vice - liderança em etanol, respondendo por Vinte e sete por cento da produção, atrás dos EUA, que garantem cinquenta e cinco por cento do biocombustível, de acordo com a Associação de Combustíveis Renováveis, RFA.
“Todo mundo sabe que o Brasil é o país que tem uma tradição, quase que de Cinquenta anos, na produção de etanol”, lembrou Lula, nesta segunda - feira ( onze de setembro de Dois mil e vinte e três ), durante a entrevista coletiva que marcou o encerramento da Décima - oitava Cúpula de Chefes de Governo e Estado do Gê Vinte, em Nova Delhi, na Índia .
“Todo mundo sabe o que tentamos fazer para que o mundo adotasse os biocombustíveis como alternativa ao petróleo. Já faz tempo, antes de qualquer crise de petróleo. É porque achamos que o mundo precisa ser despoluído”, destacou Lula.
“Mais desenvolvimento com menos emissão de carbono”
Com isso, o governo Lula pretende transformar necessidade em oportunidade. Segundo dados fornecidos pelos governos brasileiro e indiano, a produção de biocombustíveis precisará triplicar até Dois mil e trinta se o planeta quiser zerar suas emissões líquidas até o ano de Dois mil e cinquenta. Isso significará, nas palavras do presidente Lula, “ mais desenvolvimento com menos emissão de carbono e menos dependência de combustíveis fósseis ”.
“ É uma iniciativa extraordinária, envolvendo quase Três milhões de seres humanos. Imagine se a gente resolver duplicar a produção de etanol até Dois mil e trinta? O que vai acontecer no mundo? ”, indagou Lula, na coletiva.
É justamente pela necessidade de aceleração da transição energética que entra a liderança do Brasil, que responde hoje com Vinte por cento de biocombustíveis líquidos do consumo de energia em transportes. “ O mundo vai produzir mais, vai precisar de equipamentos. Qual é o maior produtor mundial de equipamento para produção de etanol? É o Brasil ”, declarou o presidente da DATAGRO Consultoria e integrante do Conselho Nacional de Política Energética ( CNPE ), Plinio Nastari, à Corporação Britânica de Rádio e Televisão ( BBC - sigla em inglês ) Brasil.
À rede britânica, Nastaria afirmou que o Brasil poderá se beneficiar da produção de etanol a partir da cana - de - acúcar para exportar carros flex e a própria tecnologia de produção de biocombustíveis.
“Sendo um carregador de hidrogênio, o etanol permite que você faça a distribuição de hidrogênio na forma de um combustível líquido, de forma prática, econômica e segura. E a transformação desse combustível líquido etanol em hidrogênio ocorre no ato do consumo”, observou o especialista.
O presidente da União da Indústria de Cana de Açúcar ( UNICA ), Evandro Gussi, também falou à agência britânica sobre as possibilidades abertas pela criação da Aliança . “O que no fundo essa aliança global vai fazer é justamente construir um processo de cooperação para que sejam acelerados os processos de adoção da bioenergia como substituto a fontes energéticas fósseis”, ressaltou Gussi, que também participou da cúpula.
“ Essa ideia nasce de um exemplo concreto: o que os setores público e privado do Brasil têm feito com a Índia nesses últimos anos é compartilhar a nossa experiência na produção de bioenergia, especificamente de etanol ”, concluiu o executivo.
Com informações de:
Agência PT de Notícias / BBC News
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