terça-feira, 8 de agosto de 2023

Epidemia: SC chega a 9 casos de gripe aviária H5N1; pinguins são novos focos

O Estado de Santa Catarina ( SC ) chegou a nove casos de gripe aviária após dois novos episódios terem sido confirmados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ( MAPA ). A doença foi detectada na última quinta-feira ( Três de agosto de Dois mil e vinte e três ) em pinguins-de-magalhães em São Francisco do Sul, no Litoral Norte do Estado, e em Laguna, no Litoral Sul.

Pinguins-de-magalhães são espécies silvestres migratórias presentes no Litoral catarinense ( Foto : Nilson Coelho / Agência Petrobras )

Os novos focos não comprometem o status sanitário de SC, já que envolvem aves silvestres, e não uma espécie comercial. Isso é motivo de alerta para autoridades e produtores rurais.

O Estado já teve oito confirmações envolvendo aves silvestres desde que o primeiro foco veio a público, em Vinte e sete de junho de Dois mil e vinte e três, e uma que trata de ave de subsistência, do mês passado.

Potencial devastador

A gripe aviária mostra baixa probabilidade de infectar humanos, mas tem potencial devastador no caso de atingir aves comerciais, em especial em SC, o segundo maior produtor de frango do país.

— Ela causa uma mortalidade muito alta e em pouquíssimo tempo. E, com uma confirmação, o Brasil perderia o status atual e não conseguiria mais vender produtos de origem aviária para outros países. Então seria uma crise muito grande: tem o problema para o animal e também para o lado social, porque milhares de famílias e indústrias vivem disso — disse o veterinário Diego Torres Severo ao Portal NSC Total em fevereiro, quando confirmações em países vizinhos já causavam alerta em SC.

Severo é diretor de defesa agropecuária da Companhia Integrada de Defesa Sanitária Agropecuária do Estado de SC ( CIDASC ), órgão estadual de defesa sanitária em SC. Na ocasião em que conversou com a reportagem, ele já havia adiantado que o principal foco de transmissão da influenza são as aves silvestres migratórias, caso do pinguim-de-magalhães.

Esses animais podem transmitir o H5N1, causador da doença, para aves locais, que, eventualmente, podem passar o vírus para aves domésticas, de criação comercial ou não.

Como identificar a doença e o que fazer

A CIDASC afirma que eventuais episódios de mortalidade em massa de um grupo de aves já é motivo de alerta, mesmo que ocorra, por exemplo, em alguma praia de SC, muito distante das granjas que se concentram no Oeste do Estado.

Além da alta incidência de morte, a doença pode ser reconhecida pela dificuldade da ave em respirar e pelos sinais clínicos neurológicos, com o animal se debatendo e em posição de torcicolo.

A CIDASC alerta que aves silvestres mortas ou com sinais clínicos da doença não devem ser manipuladas.

Para o caso de eventual suspeita de ocorrência da gripe aviária, a CIDASC faz atendimento pelo telefone 0800 - 643 - 9300. É possível ainda procurar a unidade mais próxima do órgão, além do Instituto do Meio Ambiente do Estado de SC ( IMA ), com gerências regionais espalhadas por SC, e da Polícia Militar Ambiental ( PMA ).

O MAPA também recebe notificações por qualquer meio de cada Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária ou pelo sistema e- Sisbravet.

Com informações de:

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