Pela primeira vez na história, o Brasil recebeu a presidência do Gê Vinte, durante cúpula realizada neste final de semana em Nova Delhi, na Índia, com a presença do Presidente da República ( PR ) Luiz Inácio Lula da Silva ( do Partido dos Trabalhadores - PT ). Antes, o país anfitrião comandava o grupo, criado em Mil novecentos e noventa e nove e que reúne as Dezenove maiores economias do mundo mais a União Europeia ( UE ). Para o governo brasileiro, o encontro foi uma oportunidade importante para o país atrair investimentos em pautas prioritárias como desenvolvimento sustentável, transição energética, proteção ao meio ambiente e combate às desigualdades.
O Brasil irá exercer a presidência do Gê Vinte de Primeiro de dezembro de Dois mil e vinte e três a Trinta de novembro de Dois mil e vinte e quatro
O Brasil irá exercer a presidência do Gê Vinte de Primeiro de dezembro de Dois mil e vinte e três a Trinta de novembro de Dois mil e vinte e quatro. Nessa condição, o país será responsável por organizar e propor discussões para uma série de eventos, grupos de trabalho ( GT ) e reuniões de alto nível. O ponto alto será a próxima Cúpula do Gê Vinte, nos dias Dezoito e Dezenove de novembro de Dois mil e vinte e quatro, no Rio de Janeiro ( Capital do Estado do Rio de janeiro - RJ ).
Na capital indiana, Lula participou de três sessões da cúpula e de reuniões bilaterais com outros líderes mundiais. Para ele, foi mais um passo importante rumo ao resgate do protagonismo do Brasil no cenário internacional, após anos de isolamento.
“Iremos presidir o G Vinte no ano de Dois mil e vinte e quatro. Em Dois mil e vinte e cinco, vamos presidir os BRICS e ( também em Dois mil e vinte e cinco ) vamos fazer a COP Trinta, em Belém ( Capital do Estado do Pará - PR ). São três megaeventos que irão dar ao Brasil uma visibilidade diferente do que ele teve nos últimos anos. O Brasil volta a fazer com que o mundo nos respeite, pela seriedade com que a gente trata as pessoas e a seriedade com que a gente trata a questão do clima”, ressaltou Lula, durante a live Café com o Presidente, produzida pela EBC.
Para Lula, o agravamento da crise climática pode levar o Brasil a se tornar líder na questão da transição energética, na qual tem grande potencial, com perspectivas de alcançar independência tanto do ponto de vista econômico como cultural, social e geopolítico. Lula prevê que, com a chegada de novos investimentos, o país terá um cenário ainda mais propício para a geração de empregos de qualidade, a redução das desigualdades sociais e regionais e a proteção do meio ambiente. Ele tem reiterado a prioridade de investimentos em energias eólica, solar, biomassa, etanol e biodiesel, o que se traduz na neoindustrialização prevista no Novo Programa de Aceleração do Crescimento ( PAC ), lançado em agosto de Dois mil e vinte de três.
Relevância
O Gê Vinte é responsável por mais de Oitenta por cento do Produto Interno Bruto ( PIB ) mundial, Setenta e cinco por cento do comércio global e Sessenta por cento da população do planeta. O grupo reúne África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coréia do Sul, EUA, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido ( UK - sigla em inglês ), Federação Russa, Turquia e União Europeia ( UE ). Para a cúpula de Nova Delhi, também foram convidados Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos, Espanha, Ilhas Maurício, Nigéria, Omã, Países Baixos e Singapura.
O Brasil esteve presente desde o início do Gê Vinte, em Mil novecentos e noventa e nove, quando as Vinte maiores economias do mundo se reuniram com o objetivo de buscar uma solução para a crise asiática, que abalava todos os mercados e levou à quebra de um número enorme de bancos e outras companhias.
O Gê vinte foi elevado ao nível de Chefes de Estado / Governo na sequência da crise econômico - financeira mundial de Dois mil e sete e, em Dois mil e nove, foi designado o “principal fórum para a cooperação econômica internacional”. Desde então, o grupo, que, inicialmente, se concentrava em questões macroeconômicas amplas, expandiu sua agenda para incluir, entre outras pautas, o comércio, o desenvolvimento sustentável, saúde, agricultura, energia, meio ambiente, mudanças climáticas e combate à corrupção.
Protagonismo
O Ministro das Relações Exteriores ( MRE ), Mauro Vieira, destacou a relevância do Gê Vinte nas discussões globais. “ É um grupo de países que decidem e que discutem os grandes temas internacionais. Então, é esse grupo que o Brasil irá assumir pela primeira vez a presidência a partir de dezembro de Dois mil e vinte e três, mas a cerimônia formal de transmissão será feita agora, em Nova Delhi”, disse o chanceler, durante o programa Bom dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação ( EBC ).
Vieira também ressaltou que, em oito meses de governo Lula, o Brasil recuperou sua imagem junto à comunidade internacional. Ele lembrou que, ao contrário do isolamento dos últimos quatro anos, o país sempre esteve no centro de todas as decisões, em razão do seu tamanho, de sua projeção e de sua política externa.
“O Brasil, lamentavelmente, nos últimos quatro anos se isolou, não falava com os vizinhos, não dialogava com outros países, e desaparecemos do mundo, do cenário internacional”, disse Vieira. “Mas, como disse Lula, o Brasil voltou. Está de volta, e estamos retomando os contatos, reconstruindo pontes que nos ligavam aos vizinhos sul - americanos, as pontes que nos ligavam aos outros grandes centros de poder, como EUA, UE e Ásia, a China. Estamos voltando a ter esses contatos”.
Com informações de:
Agência PT de Notícias
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