segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Finanças públicas: Campos Neto faz terrorismo fiscal, diz Gleisi

Responsável por um arrocho monetário que vem impedindo o Brasil de crescer com velocidade e gerar mais empregos, o presidente do Banco Central do Brasil ( BACEN ) Roberto Campos Neto volta a fazer uso de uma espécie de terraplanismo econômico para atentar contra os interesses do povo brasileiro. Porta - voz do capital financeiro, Campos, que responde pela maior taxa de juros reais do mundo ( quase Sete por cento ) , disse na quinta - feira ( Vinte e três de novembro de Dois mil e vinte e três ) que “ o fiscal ” é a principal preocupação do país, em mais um ataque aos investimentos promovidos pelo governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva( do Partido dos Trabalhadores - PT ) em benefício da população .

Campos Neto : enquanto mantém o Brasil refém da maior taxa de juros reais do mundo, o dândi da Faria Lima se diz preocupado com " o fiscal "

“ No capítulo do Brasil, a maior preocupação é com o fiscal . Existe uma diferença muito grande entre o que o mercado acredita que vai ser o número fiscal e o que o governo “ , afirmou Campos Neto, em um ato velado de terrorismo fiscal contra a política econômica do governo . “ Mesmo com o arcabouço, a despesa do Brasil ainda é bem maior do que a média do mundo emergente ” justificou . “ Quando a gente olha em termos de espaço de gasto fiscal, tem pouco espaço para aumentar a carga fiscal ” .

“ Campos segue dizendo que o problema do Brasil é a questão fiscal , os investimentos do governo e não a maior taxa de juros do planeta que ele mantém ” , reagiu a Presidenta Nacional do PT, Gleisi Hoffmann ( do PT do Estado do Paraná - PT - PR ) . “ A tal autonomia do BACEN deu nisso : um país submetido a uma política monetária derrotada nas urnas ” , criticou a deputada federal Gleisi .

A austeridade fiscal que caracteriza a obsessão do “ mercado ” por superávit primário em detrimento de investimentos em projetos sociais e desenvolvimento é o que caracteriza a velha estratégia do capital especulativo . Por essa visão, investimento vira “ gasto excessivo ” . O Estado, na visão farialimer da economia, tem de ter dinheiro é para pagar os juros estratosféricos da dívida pública e manter os padrões do rentismo, ancorados na taxa de juros, hoje no altíssimo patamar de Doze vírgula vinte cinco por cento . Ou seja, o Estado não deve se preocupar investir em escolas e hospitais e, sim, em engordar os bolsos da elite financeira .

Drenagem de recursos ao sistema financeiro


“ Em Dois mil e vinte e dois, os gastos do governo federal com o pagamento de juros e amortizações da dívida pública somaram Um vírgula oitocentos e setenta e nove trilhão, o que representou Quarenta e seis vírgula três por cento do Orçamento Federal Executado ” , lembrou o portal Auditoria Cidadã, em reportagem publicada em fevereiro de Dois mil e vinte e três . Somente em Dois mil e vinte e dois, a Dívida Pública Federal aumentou Quatrocentos e sessenta e quatro bilhões de reais, “ consumindo, portanto, a maior fatia de todos os recursos públicos federais ” , observa a organização .

As “ análises ” de Campos escondem, portanto, o temor do mercado de que o governo Lula aumente investimentos sociais ao invés de seguir despejando dinheiro dos cofres públicos na farra rentista que se beneficiou de mecanismos como o teto de gastos. Desde o golpe de Dois mil e dezesseis, o teto funcionou perversamente como uma âncora contra gastos em saúde e educação, enquanto permitiu que toda verba federal não utilizada pudesse ser drenada para pagar juros da dívida .

Campos e a hipocrisia do mercado


A preocupação de Campos com o “ fiscal ” , como se sabe, é seletiva. Não se ouviu Campos reclamar das lambanças de Paulo Guedes e de seu ex - chefe, o ex - PR Jair Messias Bolsonaro ( do Partido Liberal - PL ), com as contas públicas . A ponto de a dupla deixar um rombo inacreditável de Setecentos e noventa e cinco bilhões de reais no ano de Dois mil e vinte e dois, gerando um silêncio ensurdecedor em Campos, no " mercado " e na mídia corporativa, enquanto a fome escalava no país .

“ Bolsonaro abriu um rombo fiscal de Dez por cento do Produto Interno Bruto ( PIB ) em Quatro anos, sem precedentes na história ” , lembrou Gleisi, no início do mês . “ No último ano de Dois mil e vinte e dois, deu calote em precatórios , descapitalizou estatais e fez maquiagem de contas . Mas o Pai da Mentira não toma jeito e agora vem dizer que seu governo sabia cuidar do fiscal . O que ele fez foi o pior governo da história do Brasil . Por isso foi o primeiro PR que não conseguiu se reeleger ” .

“ Lula disse o óbvio : dinheiro público tem de ser transformado em obras e políticas sociais”, apontou, referindo - se a uma fala de Lula sobre gastos públicos, sempre demonizados pela mídia hegemônica . “ Isso vale para qualquer país em qualquer tempo, mas as manchetes falam em ‘ gastança ’ . Como se as despesas do governo já não fossem reguladas por uma legislação aprovada no Congresso Nacional ( CN ) e sujeita a permanente fiscalização ” , advertiu Gleisi .

Com informações da:

Agência PT de Notícias 

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